Antes do workshop, decidi experimentar a caneta azul Bic. Há muito que não fazia experiências com canetas, tal é a minha devoção pelas Pilot....As esperas pelo Lauro permitiam-me fazer experiências...
o
1º exercício foi lançado pelo Lauro - desenhar a figueira centenária, ou o que resta dela.
sugestões do mestre: pegar numa folha de jornal, rasgar uma parte e colar numa página dupla dos cadernos. 2º passo - desenhar sobre essa página. Confesso que não é a minha praia, mas por respeito ao mestre, encarei o desafio de frente.
o 2º desafio foi lançado por mim -1º - numa página dupla desenha a planta do parque; 2º - desenhar um elemento natural; 3º - um elemento arquitetónico marcante (optei pelas características "caixas de água")
O almoço foi num local fantástico e bastante desenhável - o pilão mineiro. Comida mineira, caseira, feita em forno de lenha - uma delícia. Pena não poder provar tudo. Estes restaurantes têm uma característica particular: enquanto comemos, temos sempre um chefe de sala ao nosso lado - muito parecido com os restaurantes chiques, onde só falta que comam por nós. A diferença é que aqui o que eles querem é que comamos mais e mais... Eu avisei o sr. Isidoro que ainda estou a treinar o desenho de pessoas, mas ele insistiu dizendo: "mais feio do que o real, impossível". uma simpatia
À porta do parque Celso Daniel encontrei estes dois elementos marcantes que fazem parte da identidade brasileira: o vendedor de sorvetes e o orelhão. O Sr. Gilmar até me ofereceu um sorvete. Isto de desenhar pessoas nem é assim tão mau quanto parece...
O dia foi cansativo, mas muito produtivo. À noite, à porta do hotel deparo-me com um cenário que se repete por toda a cidade: o muro de cabos de eletricidade. Além da poluição visual, são uma verdadeira ameaça à segurança das pessoas. Alguns deles chegam a tocar-nos na cabeça. Sem comentários...
2ª Feira, dia 20 de julho - Rumo a Paraty - esperavam-nos 5 horas de viagem de automóvel. O Lauro pergunta-me "preparado ?" "é que esta estrada é do pior que há". 1ª paragem - São Luíz de Paraitinga, a "terra do Saci", a 182km de São Paulo. Para quem não se lembra o Saci é aquilo menino negro do Sitio do Picapau Amarelo. Um menino que vivia na floresta, tinha apenas uma perna e fumava cachimbo. Quando aparecia era apenas para pregar partidas.
Ao fim de algumas horas de viagem começo a perceber as palavras do Lauro. A estrada é infernal, com curvas super apertadas e inclinadas, dando a sensação que os carros vão chocar uns com os outros. Mas a paisagem da mata atlântica é fantástica, além disso era por uma boa causa: regressar a Paraty e rever amigos. Quando chegámos não houve forças para desenhos...
5 comentários:
Gosto muito destas histórias desenhadas...
...e são histórias de um mundo diferente...
...e assim parece que também viajamos...
...gosto...
Aprendendo contigo... Bonita e interessante reportagem.
obrigado pelas vossas palavras
Gosto muito desta tua reportagem!
Sofia Gomes
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