Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Arte ao Centro Portugal - Brasil

Entre os dias 18 e 28 de maio estive no Brasil, no âmbito do arte ao Centro Portugal - Brasil, uma parceria entre o Município de Torres Vedras e a Prefeitura de Araraquara. A curadoria do evento do Brasil, ficou uma vez mais a cargo do artista plástico Lauro Monteiro, que tem feito um trabalho extraordinário no intercâmbio entre desenhadores e artistas portugueses e brasileiros.


Para além de mim, a comitiva portuguesa contou com a participação do Dr. Carlos Bernardes, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, a Dra. Ana Umbelino, Vereadora da Cultura, Pedro Alves (ilustrador), António Bartolo (aguarelista), Olga Neves (ilustradora) e Cátia Candeias (produtora cultural).

Este evento contou com um conjunto de workshops, encontro internacional de desenho de rua, exposições, palestras sobre património e regeneração urbana, produção cultural, desenho e cinema de animação. 

Para a viagem levei um caderno produzido pela Marilisa. Para casa trouxe dois cadernos cheios de momentos únicos, onde captei lugares e pessoas que jamais esquecerei.


Para além de Araraquara, passei por São Carlos (Fazenda Conde do Pinhal) e Ribeirão Preto, onde orientei um conjunto de workshops sobre educação patrimonial através do desenho.



Choperia Pinguim, em Ribeirão Preto, num Drink and Draw.

Pinguim é uma das choperias mais antigas do Brasil, servindo o chope da Antárctica.
O nome do estabelecimento resulta da instalação da choperia numa antiga casa de snooker, o Snooker Pinguim.


Um dos exercícios junto à Casa da memória italiana. Desenho feito para explicar os objetivos.

O último desenho feito no Brasil, na companhia do Pedro Alves.


Na bagagem trazemos uma experiência incomparável. A única mágoa que trago é ver o Brasil como está, numa crise económica profunda, onde os cidadãos já não acreditam no futuro, não acreditam na democracia. Nem a fé e a boa disposição conseguem disfarçar o momento de tensão que se vive. Fico a torcer por melhores dias para este povo que merece tudo de bom.

Nos próximos dias partilharei por ordem cronológica os desenhos produzidos.

Mais informações sobre o evento aqui

Museu Nacional dos Coches






As Flores | Reportagem SSC dos Milagres 2018 [28 ABRIL]

No Convento da Esperança o ambiente de azáfama -apenas pelo ritmo e desfecho das ocorrências- consegue converter a luta contra o tempo em serenidade. Cada pessoa tem a sua função especifica e determinada. Os arranjos vão-se fazendo com flores oferecidas, as que vão chegando integram a «pintura» de modo muito preciso e especial.

(Caneta caligráfica, lápis de cor, aguarela e grafite)                                                            «in situ»



Acabando mais um caderninho





Acabando o caderno que todos fizémos no workshop que dei na Biblioteca de Ponta Delgada. Hoje resolvi acabar o caderno com dois desenhos que fiz esta manhã enquanto dava o passeio matinal.

São Jorge e o Processo

Continuação das experiências sobre restos de envelopes de papel kraft. Desenho feito antes de uma das últimas sessões do IndieLisboa, nomeadamente o documentário “O Processo”, sobre o processo de destituição de Dilma Roussef. Caneta fina micron, lápis de cor e marcadores tombow.


Paço de Arcos

Marégrafo das Fontainhas

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Elvas

Logo que chegámos percebi que tinha que desenhar aquela entrada.
Apesar do arco é mesmo um vernáculo alentejano mas o que mais me cativou foi o carácter cinematográfico do percurso.
Finalmente, entre compromissos e chuva, fiquei-me por estas duas páginas a traço de caneta.

Museu Nacional dos Coches

Os primeiros desenhos do dia no encontro do Museu Nacional dos Coches.




Marégrafo das Fontaínhas - Paço de Arcos

Já andava à muito tempo para o desenhar, mas, estava todo grafitado, o que me levou a esperar.
Já está limpo faz 15 dias, mas o tempo não tem colaborado, até hoje !!!

O Marégrafo das Fontaínhas.

Paço de Arcos





MUSEU NACIONAL DOS COCHES



Museu Nacional dos Coches - Carro de Bombeiros

Grande encontro USK no Museu Nacional dos Coches.
De manhã fiquei no edifício novo e à tarde fui ao Picadeiro Real, onde havia uma exposição de carros de bombeiros antigos. E foi lá que encontrei este carro a vapor da MerryWeather & Sons, da 2ª metade do Séc.XIX.
Parabéns a quem teve a ideia e organizou o encontro.


Apresentação da Capa | Reportagem - SSC dos Milagres [3 maio]



O acesso à conferência de Imprensa para apresentação da capa de SSC dos Milagres foi restrito, podendo incluir 4 sketchers do grupo que estava presente e assim, enquanto a cerimónia decorria, deixei-me ficar com os restantes -no silêncio- a tentar captar o espaço e aquele ambiente... desenhei o claustro do convento que estava a ser decorado com flores (muitas) que iam sendo continuamente oferecidas.

Ahh é verdade, o carimbo, feito pela Helena Monteiro, foi acarinhado por todos e deu unidade aos quarenta a tal elementos envolvidos na reportagem das festas.

(Caneta caligráfica, lápis de cor, aguarela, carimbo e grafite)                                                              «in situ»




Fui a Harvard

E eu que pensava que não viajava sozinha até Boston!!! 

Night Sketching Workshop - Lisboa à Noite



Have you ever danced with the devil in the pale moonlight?
~ Joker de Tim Burton

A maioria dos desenhadores disfrutam das suas cidades durante o dia, quando as vistas são límpidas, as sombras são definidas e as cores são vívidas. Mas quando a noite chega, começa um novo desafio.



Desenhar a cidade à noite é fácil por um lado, e desafiante por outro! A parte fácil é que a paleta cromática fica reduzida a duas cores, trés no máximo. A simplificação do que se vê - linhas, formas e cores - é fulcral.



O desafio é ser preciso na reserva do branco do papel. Com aguarela não há retorno - no máximo, conseguimos remover algum pigmento em alguma área mais bem iluminada. Os focos de luz, o brilho da iluminação pública, as superficies reflectoras, são escassas e vitais para o sucesso de um desenho noturno.



Os Pedros (o Alves e o Loureiro), no seguimento do sucesso dos seus workshops nocturnos em Torres Vedras, Lisboa e Sintra, vão regressar à capital para orientar um Workshop de desenho nocturno no centro histórico, no miradouro da Graça. Vamos captar a beleza nocturna de Lisboa nos nossos diários gráficos, partilhando técnicas, truques e experiências de como desenhar à noite.

Graças a um generoso apoio do fabricante alemão Hahnemühle, todos os participantes irão receber um bloco de 20 folhas de papel de aguarela Expression, 100% algodão grão fino, 24x30cm, 300gsm.


22 de Junho (sexta-feira) das 21:00 às 00:00
Mínimo 8 participantes - Máximo 20 participantes
Pedidos de informação, preços e inscrições até 20/06 para email stillsketch.tvedras@gmail.com (Pedro Alves) e/ou pedro.mac.loureiro@gmail.com (Pedro Loureiro)
Esperamos por vós, até lá.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Évora - Heritage indoor sketchers

Existem poucos sítios onde goste tanto de desenhar como Évora. Mais pelas pessoas que pelo lugar, do qual gosto muito, e para que não sobrem dúvidas, genuinamente. Estes desenhos foram feitos a propósito do Encontro do passado dia 19 de Maio, promovido pela Fundação Eugénio de Almeida e organizado pela Estela Safara Cameirão. Obrigado Estela pelo extraordinário trabalho e pelo convite para a original mesa redonda!

Cheguei a Évora na sexta à noite, já passava das nove horas. Depois de deixar a mala no hotel, encontrei-me com a Estela e algumas amigas, que jantavam no restaurante Portas de Avis. Atrasado, jantei já sozinho, apressado, que me apetecia desenhar a boa disposição na minha frente. No dia seguinte furei o protocolo do programa e desenhei mais fora que dentro, que me entusiasma o espaço urbano histórico, vivido pelo exterior. 

Foram dois dias incríveis, que só fazem ter ainda mais vontade de regressar. Pode ser que na inauguração da exposição.





Forte da Graça

A "Vertente Património" do Festival Terras Sem Sombra em Elvas foi no Forte da Graça. Merecidamente porque a recuperação do edifício foi óptima e a visita guiada ainda melhor.

Um carro no meio dos coches

No meio de tanto de coche logo tinha que dar de caras com um automóvel. 
É o que dá começar a visita às exposições pelo fim. A organização está de parabéns. Houve uma grande adesão ao evento e tudo correu sobre rodas. 




Os tapetes






Os tapetes que havia em todas as ruas por onde passava a procissão do Senhor Santo Cristo dos Milagres. Este sketch foi feito antes de entrarmos no Conservatório sentada nas escadas de uma antiga igreja hoje o Auditório Luís de Camões. Obviamente que a decoração deste bocado de rua tinha de ser alusivo ao Conservatório.

ENCONTRO NO MUSEU NACIONAL DOS COCHES



Desenhos de Neuza Rodrigues

Tríduo | Reportagem - SSC dos Milagres [2 de maio]

O culto e as Festas do SSCristo dos Milagres, em São Miguel, têm um impacto e uma amplitude que ultrapassa a dimensão do lugar. Constitui das maiores manifestações de devoção popular do país e atrai, anualmente, milhares de açorianos e seus descendentes. A dimensão profana da festa é outra das camadas desta ocasião que não deixa de se imbuir no espírito e na ambiência que o santuário determina.
Foi-nos permitido assistir, no coro alto- ao tríduo preparatório. Nestas cerimónias, todas as partes integram à vez  o todo e as vozes são uma marca indelével de solenidade e unidade.

(Caneta caligráfica, lápis de cor, aguarela e grafite)                                                     «in situ                                                          

Feira do Livro de Lisboa 2018 #3

Na relva ao meio do Parque Eduardo VII
Esferográfica : Lápis de cor

Museu Nacional dos Coches


Museu Nacional dos Coches- "Estafermo"


Museu nacional dos Coches -"O Neto"