Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Hospital Júlio de Matos

Pavilhão 18.

Conversas desassossegadas


REYKJAVIK



A Islândia é um país lindíssimo mas um ambiente difícil de desenhar de inverno. A solução passa por desenhar a partir do interior ou desenhar os interiores, como por exemplo os museus. 3 desenhos de 3 museus de Reykjavik: Galeria Nacional da Islândia, Museu Marítimo e Museu de História Natural.

Cadernos ao norte

Nós e os Cadernos 2, um evento sobre cadernos, organizado pelo Tiago Cruz em 2017, teve como cenário a bela envolvente do Parque Natural do Litoral Norte, uma reserva natural em torno da foz do rio Cávado.



A região é polvilhada por pequenas vilas históricas, e os participantes do evento beneficiaram de visitas a três delas, todas com atmosferas diferentes.



Fão é uma pequena vila medieval mesmo ao lado da última ponte sobre o Cávado. Muitas pessoas que emigraram para a antiga colónia do Brasil acabaram por construir a sua casa aqui, após o seu regresso. Abundam os espaços públicos à beira do rio, revestidos e ladeados em granito, que, para alguém natural do sul como eu, é a primeira característica a destacar-se.



A Apúlia é conhecida como uma estância balnear há décadas, e antes disso como uma área da apanha do sargaço. A sua característica mais marcante é a sequência de moinhos sobre as dunas, que agora estão convertidos em alojamento turístico. Mas, mais uma vez, o que se destaca aos meus olhos do sul são as pequenas barracas que polvilham a praia e abrigam os banhistas do vento ríspido. Estas não são definitivamente uma característica das praias da costa sul.



Depois, há a cidade de Esposende, a sede do concelho que apoiou o evento e os nossos passeios para desenhar. Para além de ser uma cidade histórica que vale a visita, a paisagem costeira, a reserva natural envolvente e a miríade de destinos interessantes a uma distância razoável, tornam-na o quartel-general perfeito para relaxar no norte de Portugal.


As palestras do Nós e os Cadernos 2 estão agora publicadas num ebook que pode ser descarregado gratuitamente aqui. E aqui está um post não-urbansketcher com alguns dos conteúdos que usei na palestra.

Castanheiro-da-Índia


quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

A vide é feita de pequenos nadas...

... Diz o Sérgio Godinho. Mas às vezes também é feita de longas esperas.

MAAT

Pintado clandestinamente no local, o resto a cor for quase toda adicionada depois.

 A tal inundação, bem mais interessante vista de baixo, de dentro da "piscina" que vista de cima.
Uma bomba coberta de grafitti, que a fazia parecer mais usada, mais real, que os visitantes procuravam tocar bastantes vezes, muito fotografada também.


Vamos Desenhar com - António Araújo 26 Jan 2019

As perspectivas matemáticas do António Araújo são um verdadeiro desafio!
Obrigada pela bela tarde.

A partir de certa altura já estava toda baralhada e fui desenhando para onde a mente levava :-)


DESENHAR POR DESENHAR EM FEVEREIRO


desenho de Teresa Ruivo
Em Fevereiro, no dia 17, das 15h às 17:30 vamos desenhar um pavilhão que viajou pelo Atlântico e tem muito que contar. Fabricado em Portugal, foi para o Brasil para representar o papel de Pavilhão Português das Indústrias na Exposição Universal do Rio de Janeiro, em 1922. Voltou anos mais tarde a fazer a travessia do Atlântico até Lisboa, onde foi montado para receber a Grande Exposição Industrial Portuguesa, em 1932. Desde aí serviu para tudo: recebeu campeonatos desportivos, sobretudo de hóquei, festas, espectáculos e grandes comícios de que muitos se lembram bem. Chamou-se Pavilhão dos Desportos e passou a Carlos Lopes. Foi maltratado, esquecido e fechou por decadência. Em 2016 teve finalmente obras. Sobreviveu e continua lindo, bem anichado no cimo do Parque Eduardo VII. Vamos levá-lo em mais uma viagem, desta vez até aos nossos cadernos? Olhem que vale a pena!
Nota: Está prevista a possibilidade de desenhar o interior do Pavilhão, sendo para isso necessário enviar o nome para teresa.ruivo@netcabo.pt

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Entrevista

Nem sei de quem se tratava mas estavam ali mesmo à minha frente e...

Bosque do Giziaux em Epalinges, Suiça


Na Suiça o frio e os dias de neve vão acontecendo, deixando a paisagem coberta por um lindíssimo manto branco...


Num passeio matinal à descoberta do bosque do Giziaux em Epalinges, Lausanne fui registando alguns momentos.


Ao contrário do que acontece na minha terra natal no Algarve em que  a paisagem pouco muda ao longo do ano, aqui na Suiça as estações do ano são muito marcadas, o que faz com que tenhamos paisagens muito diferentes  tornando os locais sempre novos e interessantes de explorar e  registar...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Cartão do Cidadão


Monsaraz

Um dia solarengo em Monsaraz a desenhar com um belo grupo no 68º Encontro de Évora Sketchers. Pelo meio, um delicioso ensopado de borrego com o verdadeiro sabor da tradição alentejana.

MAAT

um dos milhares de objectos do "mundo paralelo" instalado no MAAT

 e a inundação, já bem retratada, da sala principal

Desenhar com António Araujo

Gostei muito de ouvir as explicações entusiastas do António sobre as suas maravilhas azimutais mas confesso que não me lancei nessas aventuras. 


Para festejar o aniversário da Manuela Rolão


Experiências com Marcadores Paper Mate Flair M



Já sabiamos há muitos anos que a tinta das canetas Futura pretas podia ser diluída com um pincel para criar aguadas interessantes que se desdobravam em tons mais ou menos azulados ou arroxeados.
Entretanto a marca mudou e a gama de cores disponíveis foi ampliada.


Comprei um conjunto Paper Mate Flair M de 24 cores e tenho aproveitado os quartos de hora que duram as minhas viagens de comboio para fazer alguns esboços.
Estou satisfeita com a aquisição porque com três ou quatro canetas e um pouco de água no fim consigo criar rapidamente um registo colorido sem gastar  muito tempo. Se fizesse o mesmo com aguarela iria demorar mais a criar misturas pigmentos ou a procurar a proporção certa de pigmento e água.





Esta técnica exige algum treino para aplicar a quantidade ideal de linhas de cada cor, tentando adivinhar como resultará o efeito depois de aplicadas as aguadas.

Mais experiências no meu blog: 
http://velhadaldeia.blogspot.com/2019/01/marcadores-paper-mate-flair-m.html




Fomos desenhar com ...

No sábado passado tive o prazer de orientar o "Vamos desenhar com..." no museu Bordalo Pinheiro (que, já agora, é um espaço magnífico que merece ser visitado e que nos recebeu muitíssimo bem).

A coisa acabou por "degenerar" num workshop de desenho esférico. :) Deixo-vos com dois desenhos (e peço aos participantes que enviem mais para o meu email ou facebook por favor! :)):

O primeiro da Isa Silva, numa perspectiva solta algures entre a olho-de-peixe e a equirectangular:


O segundo desenho é da Sara Simões. A Sara fez o sketch inicial no local bem como uma vista de topo, e terminou-o posteriormente com uma grelha equirectangular feita à mão


Sendo uma perspectiva equirectangular, pode depois ser vista de forma imersiva, como abaixo (movimentem o mouse em cima do desenho para o ver "por dentro"):

Equirectangular view by Sara Simões

Só tive pena que a explicação destes métodos levou algum tempo e não desenhámos tanto quanto eu gostaria. A ver se combinamos em breve uma saída só para desenhar, enquanto a teoria ainda está fresca na vossa cabeça. Estou a pensar fazer um evento no facebook para nos sincronizarmos, por isso sigam-me por lá, ou enviem-me um mail, ou mantenham-se atentos porque também avisarei aqui quando tiver uma data.

Foi um prazer desenhar convosco! :)

a aprender com o Ian Fennelly

Gosto de ser desafiada a desenhar fora da minha zona de conforto, como foi neste caso no Workshop em que participei no Simpósio do Porto.
O primeiro desenho foi feito em grupo durante a sessão, os outros dois posteriormente, usando a mesma lógica que depois se vai desvanecendo, pois a nossa zona de conforto torna a tomar a liderança...
 







domingo, 27 de janeiro de 2019

Vamos desenhar com....

Vamos desenhar com António Araújo.
No Museu Bordalo Pinheiro o António Araújo fez uma excelente exposição teórica e prática sobre a perspectiva azimutal (espero não estar a dizer errado!).
Aprendi a medir ângulos mas não me atrevi a tentar desenhar com recurso a esta perspectiva... Ainda tenho muito para desenhar e aprender até lá chegar.
No entanto, desenhar era quase obrigatório por isso comecei por desenhar o caracol que até parece espreitar o desenho que fiz posteriormente, tentando recorrer a uma " perspectiva de olho de peixe, um tanto ao quanto aldrabada"... Bem, pelo menos fica o registo de uma primeira tentativa... Um dia chego lá ;-)

Vamos colar as histórias no nosso caderno

Ontem estive com o Duarte no Workshop de diário gráfico com colagens da Ana Luísa Frazão, na Fábrica das Histórias em Torres Vedras. A Ana partilhou connosco os seus desenhos fantásticos e, um a seguir ao outro, foi analisando e explicando de forma esquemática o seu processo de criação daquelas páginas que nos encantam. 
Foi muito didático, obrigou-nos a pensar e a planear um conjunto de elementos antes de partirmos para o desenho, mas acima de tudo foi muito divertido!
Obrigada Ana pela partilha, foi um dia cheio de experiências novas e divertidas, e muito bem passado.





Nas 7 Quintas

1ª aula de equitação do Tomás
 

Orange Marmalade

As laranjas estão atrasadíssimas!
Acabando janeiro e apenas uns berlindes amarelados... Será assim em todo o lado?

Vamos Desenhar Com ...



O Vamos Desenhar Com ... no Museu Bordalo Pinheiro, começou 2019 com uma cativante sessão orientada pelo António Araújo.

Experiências com Marcadores Tombow e Cª

Tinha aqui os marcadores Tombow abadonados numa gaveta há anos mas finalmente retirei-os da escuridão.

 Dois sketchers inspiraram esta saída para a luz:
- por um lado, o César Caldeira, que me ofereceu um caderninho laranja de folhas acetinadas, mesmo a pedir um regabofe de marcadores;
- por outro, o Richard Câmara e as suas misturas de marcadores Stabilo que me fazem pensar continuamente no círculo cromático e em como podemos sobrepor cores complementares para obter sombras de cores neutras.
 Obrigada, César e Richard! :)



Comprei mais alguns marcadores para completar a minha paleta, incluindo um azul da marca Koi e um lilás da marca Ecoline. Escolho cores claras e obtenho mais intensidade sobrepondo camadas.

Outra coisa interessante e que eu ainda não descobrira é que a tinta das Tombow é solúvel em água. O que que dizer que podemos aclarar manchas e tornar-las mais difusas, conseguindo gradientes mais delicados como os do último desenho.

Mais experiências no meu blog:
https://velhadaldeia.blogspot.com/2019/01/marcadores-tombow-e-c.html



sábado, 26 de janeiro de 2019