Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Flores para Ti...



Hoje no final de tarde pus-me a desenhar e a pintar umas flores para ti...:)
Boa Noite.


http://desenhoaguarela.blogspot.com/2012/01/flores-de-sintra.html

Ainda às cegas....









Ainda a propósito do workshop realizado pelo Mário Linhares,num dos exercícios propostos "às cegas" obtive este resultado que embora não pareça tem traços do que define o Tiago Cruz. Após esta minha primeira experiência, tenho acrescentar que os desafios propostos cativaram-me bastante para novas maneiras de interpretar e redesenhar o real. Creio que às vezes será mesmo um abrir de olhos para o que está a nossa frente, e um clique que ajuda a ver novas potencialidades do desenho e dos materiais que dispomos.

À noite na cidade #5

Antes da saída à noite, a P. apressava-se na construção de uma competente residência para um cão que não a tinha. Foi a sua boa acção de natal.
Depois da entrega da habitação pré-fabricada e de consciência mais tranquila, pudemos então ir provar os melhores croissants de Lisboa, de acordo com a C., à esplanada ao lado da Brasileira, da qual não me recordo o nome. Depois para um pequenito bar na Bica do qual gosto muito, mas que curiosamente também não sei o nome, com uma decoração alusiva aos anos 40 e 50 dos Estados Unidos.
 Ao balcão falava-se de maleitas que atacam os ciclistas de alta cilindrada.




Aproveitando o sol e a serenidade. Caneta e aguarela. As letras desenhadas em casa.

Praia norte - Viana do Castelo


Carlos Veloso, arquitecto e professor, colabora no USKP a partir de hoje com este desenho da Praia Norte de Viana do Castelo.

21º ENCONTRO




Depois do porco desmanchado e antes do almoço, tempo de convívio: desenhar, conversar, cozinhar, comer.
De costas, em primeiro plano, a Ketta e o Pedro Loureiro.

domingo, 29 de janeiro de 2012

diários gráficos em Viana do Castelo

Cheguei no dia 23 depois de uma viagem de comboio de 4h30.
Depois de um fabuloso jantar, dormi no centro histórico e acordei bem cedo para ir desenhar.
De costas para o rio Lima e bem perto da escultura Monumento à Liberdade do escultor José Rodrigues, resisti ali uns bons 15 minutos ao frio que se sentia às 8h30 da manhã. De mãos geladas, fui pedalar pela cidade e aquecer um bocado.

Por volta das 10h comecei a falar do nosso blogue e dos internacionais. Falei do frio, do anúncio de um volkswagen, de muitos desenhos e técnicas, da brompton, da fábrica da brompton, dos ladrões e de um anúncio de design.

Soube-me bem ir a Viana. Foi uma quebra de rotina fantástica!

Cartaz de cinema

Cartaz de cinema antigo, produzido pela gráfica do Bolhão no Porto, é a cores e mede cerca de 3,5m por 1,5m. Está nas paredes de azulejos do restaurante do Museu do Teatro em Lisboa.

Estrada Velha.



                 Das estradas mais bonitas que conheço, senão a mais bonita!!! a luz por entre as árvores... a fontes que vão pingando água que vem das minas... o vento e a luz que atravessam as folhas dos carvalhos, sobreiros e freixos...que maravilha... Ficam aqui uns rabiscos feitos já á algum tempo mas hoje dei-lhes   a estacada final!!! a quinta da Penha verde e o seu ocre é qualquer coisa de espectacular...então depois de uma chuvada e  com as sombras das árvores fica sublime... aliás esta quinta (não por ter sido o meu Pai a recuperar) é das quintas mais fabulosas de Sintra, diz-se que é obra do Francisco de Holanda...enfim...

as duas irmãs

Largo Camões, sob o olhar atento do poeta...

À volta da estátua, no workshop de 14 de janeiro com o Claudio Patané (visitem o seu blog!), desenhámos, sob as suas infalíveis orientações, panorâmicas da praça - que ele diz ser um dos lugares mais bonitos de sempre! O poeta nem estranhou mas de vez em quando baixava a cabeça para espreitar os desenhos! O mais difícil para mim foi desenhar "pequeno", assim perto ou "cosi vicino"... 

Quinta das Conchas




Uma manhã soberba e a tinta da China a querer brincar com o papel!

Matança do porco / Madeira


para mais imagens clique aqui

sábado, 28 de janeiro de 2012

A percorrer as margens do porto


"Diários Gráficos e Ambientes"







Os três primeiros foram feitos durante a mesa redonda e os outros três dizem respeito a 3 exercícios feitos no workshop com o Mário Linhares. Um “desenho [completamente] cego” com a Eva Vieira, uma panorâmica que continua no caderno da Eva e do João, e uma “manta de retalhos” que representa o IPVC. Um dia dedicado aos “Diários Gráficos e Ambientes”, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo, organizado pela coordenação do ciclo de estudos/licenciatura de Design de Ambientes.
Viana do Castelo, Portugal, 24.01.2012

21º Encontro

Desculpem voltar a publicar os mesmos desenhos, mas acabei por verificar que os mesmos se prestavam a uma pequena BD e vai daí montei a coisa que resultou nestas 5 pranchas.




21º Encontro

No frio da manhã alentejana, o grupo foi começando a crescer em frente à escola - ponto de encontro. Apresentações, primeiras conversas, café para aquecer, e seguimos para o monte onde se ia dar a matança.
No monte, enquanto o sol já começava a aquecer, o bicho oferecia resistência. Entre quatro a cinco homens  trabalhavam para subjulgar a porca, que lutava lá à sua maneira.
 Aplicado o golpe fatal, a preocupação era recolher a maior quantidade de sangue para dentro de um balde de plástico. Os guinchos de arrepiar foram amenizando. A matança estava concluida.
 Com o silenciar da porca, voltaram os sons normais do monte, as aves, as conversas à volta de como tinha corrido a matança. Aproximaram-se alguns galináceos, a picar o chão, curiosos sobre o sangue que não tinha vertido para o balde. A porca foi levada para a bagageira da carrinha.
 De volta à escola, enquanto que no pátio solarengo a porca era depilada com maçarico e faca, na cozinha da cantina já se trabalhava nos preparativos para o almoço.
 No entretanto, iam sendo servidos da cozinha enchidos, costeletas, pão, vinho, limão e rábano cru - para cortar a gordura.
 Retiradas as tripas e outros órgãos afins, lavou-se o interior do animal à mangueirada.
 Durante cerca de três horas, assistimos ao processo de passagem da fronteira indefinida em que a porca deixa de ser animal para passar a ser comida. A sua transformação de pig em pork, como dizem em inglês.
 Antes do desmancho, pesaram a porca com uma balança de vara (que não coube no caderno).
 Na cozinha, preparavam-se já os restos mortais do bicho, em receitas separadas: numa frigideira, refogavam o estômago, os rins e o fígado, com muita salsa e coentro; num grande tacho fervia a esponjosa gordura, que ia libertando a banha líquida. Esta era coada e recolhida em pequenos baldes de plástico. No final, quando a gordura deixasse de libertar o líquido, torrava até à forma de torresmo.
 Durante o desmancho, iam aparecendo mais convivas. Aqui, o Luís Ançã desenha junto à estranha personagem do capote e da boina.
 
Finalmente, começou o repasto. Uma sopa que por si só já era uma refeição, as diversas partes da Marranita, a porca sacrificada, e um pequeno festim de sobremesas, incluindo dois bolos de ovos e massapão esculpidos à imagem da porca. Fiquei na mesa do Pereira, do chefe Rui Amendoeira - em suma, da malta com nome de árvore, bem enquadrado, portanto - e da estranha personagem, agora sem capote e sem boina.
A meio da tarde, tempo para uma passeata por Reguengos em busca de café aberto, e tempo para um último desenho, a alguns dos sketchers de serviço.

Outros de Barcelona