Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

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terça-feira, 14 de setembro de 2021

Viajar pelo desenho

Há dois anos atrás publiquei aqui o mesmo desenho!

Na altura tinha sido feito com grafite. Pareceu-me o material certo. Acontece que, sem a laca e com o passar do tempo, o desenho foi-se desvanecendo... quase como se quisesse desaparecer do caderno!
Apercebi-me disso por acaso e o acaso fez-me rever todos os desenhos que tivessem sido feitos com o grafite. 
Por sorte, foram poucos!

Não pensei duas vezes quando decidi usar a tinta da china para fixar o desenho, pois esta é das minhas duplas páginas favoritas. Pelo resultado, mas também porque me permite regressar a Florença e reviver a cidade em todas as páginas deste caderno.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

"Sete obras de misericórdia" do Caravaggio

A Igreja Pio Monte della Misericórdia guarda uma das obras mais espectaculares do Caravaggio, que a olho nú teria muitas dificuldades em analisar! Foi com uma verdadeira mestria que o pintor reuniu as "Sete obras de misericórdia" numa única tela:

    1. dar de comer a quem tem fome
    2. dar de beber a quem tem sede
    3. vestir os nús
    4. visitar os prisioneiros
    5. dar pousada aos peregrinos
    6. visitar e atender os doentes
    7. enterrar os mortos

Embora a igreja tivesse mais obras de pintura expostas, maioritariamente feitas por seguidores do Caravaggio, nós ficámo-nos por aqui, entre o observar, apreciar e compreender o quadro. Foram cerca de 45 minutos partilhados com o Matias, de frente para a obra-mestre, onde a arte e a religião se cruzam num estilo único e inconfundível!

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Castel Saint' Elmo e Simo Capecchi

Subimos o monte no funicular. Foi uma viagem rápida, onde pouco se pôde apreciar a cidade. Mas chegando ao Castel Saint' Elmo, a paisagem é de 360º: a cidade estende-se no seu leito, com o Vesúvio impondo-se à sua frente, enquanto o Mediterrâneo se derrete timidamente aos seus pés e a ilha de Capri se esconde por de trás das suas muralhas. 


No final da tarde descemos para a cidade, atravessando uma escadaria infinita que chegava à casa da Simo Capecchi! Ao longo da descida espreitávamos as vistas por entre as pequenas casas à beira das escadas. Por causa do calor, os moradores permaneciam no seu interior. Só os turistas se aventuravam a subir ou descer as escadarias debaixo de um calor infernal!

Conhecemos a Simo no Simpósio Internacional USK 2001, em Lisboa. Era instrutora, em parceria com o Cláudio Patanè, também italiano. Sempre discreta. Apenas os seus cabelos grisalhos chamavam a atenção sobre si! Mestre em desenhos verticais e dona de uma linha simples que conta histórias sobre as ruelas napolitanas, onde os turistas dificilmente chegam.

Cruzámo-nos em outros simpósios. Conheci o seu filho Marcello no Simpósio do Porto, em 2018. Era "mais pequeno" do que agora, já com 18 anos e prestes a ir para a Suécia estudar durante 3 anos!

A vida é cheia de surpresas e de maravilhas inesperadas!

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Nápoles

Finalmente nos foi permitido viajar de avião!

Nápoles, um destino tantas vezes adiado!

Poderia indicar muitos sítios porreiros para serem visitados e desenhados, mas deixo-vos aqui desenhos feitos no meu spot favorito da cidade: o terraço da casa da Simo Capecchi! Que vista incrível para a cidade!

Voltámos várias vezes a este terraço, o que nos permitiu desenhar, conversar, partilhar ideias, jantar, descansar, ler e cantar. Sempre com temperaturas acima dos 30 graus! Um paraíso: calor, telhados, desenhos, família, amigos e ideias!




terça-feira, 24 de abril de 2018

A simplicidade da água em nós




Um dos momentos do retiro "O Espiritual no Desenho", em Florença. Trabalhando uma reflexão sobre água, humildade e limpeza, junto ao rio, olhando a Ponte alla Carraia, junto da qual se forma uma língua de areia onde as pessoas passeiam, descansam, e pescam, rodeadas de água no meio da cidade.

Como nós procuramos a água dos rios para nos sentirmos numa ligação tão profunda a nós próprios, à nossa própria água, e a essa medida de ser simples de quando nos abandonamos naturalmente à simplicidade.
O nosso corpo é em grande parte água. Quando, tal como a água flui naturalmente, fluímos no que fazemos, compreendemos em simplicidade quem somos.

Humildade, disponibilidade para esse fluir, e limpeza do que já não precisamos em nós, mas apenas do que a vida vai trazendo para que se faça o processo, sem o exagero de uma falsa pureza, de querer tudo limpar. Como Jesus disse a Pedro... bastam os pés, basta limpar o Espírito e o corpo fluirá esse estar, basta a simplicidade do que se faz nesse estado de união para que o nosso coração seja livre e se entregue sem reservas à simplicidade da água em nós.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Assis





Dois sketchs feitos em Assis. O da esquerda na rampa que leva à Basílica de S. Francesco e onde ficava o nosso hotel, em baixo sobre a direita junto a uma árvore; o da direita enquanto esperava a entrada na igreja superior. Era dia de S. Francesco e só se podia visitar a igreja superior entre as missas e afins.

Saudades de quando lá estive anteriormente e pude visitar tudo e percorrer o claustro que liga as duas igrejas.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Assis





Feito em Assis no largo junto à Igreja de Sta. Clara, sobre as colinas.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Siena




Em Siena perdida nas ruelas duma zona não muito longe da praça principal mas que desconhecia completamente.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Siena





Numa das muitas voltas pelos becos e ruelas de Siena fui dar a uma grande praça com uma vista magnífica sobre as colinas; nessa praça estavam montadas imensas mesas. Vim a saber que ia ser a festa da Contrada que ganhou o Palio, a disputa a cavalo das várias contradas de Siena que se desenrola da Piazza del Campo e que é de cortar a respiração pois as curvas são apertadissimas. Apenas tive tempo para desenhar a faixa da contrada ganhadora que caia por todos os locais da praça.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Siena





Um dia em Siena que conheço bem. Resolvi, por isso, perder-me por becos, ruelas, impasses e outros locais. Daí ter feito vários sketches.

O primeiro de hoje é dessas ruelas e becos que falei e é uma composição de bocados daqui e dali.

O segundo são também bocados quase ao acaso da Piazza del Campo, a praça principal de Siena.

Seguirão, em breve os outros desenhos que aí fiz.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Moleskine de Itália




Primeira dupla página do meu Moleskine. Primeiro dia e a mão ainda precisava de aquecer. Bocados daqui e dali.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

sábado, 12 de agosto de 2017

Florença

Ainda não digitalizei os meus desenhos de Chicago, mas como este blogue puxa por nós, aqui vão dois de Florença!

O que dizer da Duomo? Acho que comecei despreocupadamente numa ponta e não me apercebi do que ia acontecer na página. Demorou bastante mais do que queria e acabei exausto depois de passar por tanto pormenor e beleza estonteante que o exterior da Duomo de Firenze tem...


Uns dias depois, no domingo de Páscoa, entrámos.
Estava cheia, mas não à pinha. 
Sentámo-nos e comecei a desenhar.
A nudez do interior contrasta mesmo com a riqueza sumptuosa do exterior. 
Só o interior da famosa cúpula do Brunelleschi é decorada com frescos.
Entretanto começaram as celebrações pascais com tradição medieval, que metem fogo de artifício e tudo. Aí sim, foi um corrupio de gente.


A Ketta ficou aqui neste cantinho esquerdo da página.
Os outros são todos anónimos. Turistas, crentes, curiosos.

Florença tem qualquer coisa de especial que nos atrai, mas também esmaga. 
Queremos agarrar, mas escapa-nos.
Ficam as memórias. 
E como o desenho é útil para guardá-las.


Mais desenhos desta viagem a Florença aqui.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

terça-feira, 30 de maio de 2017