Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

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terça-feira, 26 de abril de 2016

Na Quinta da Brejeira em Março

Encontro"Desenhar nas Estilas"  na quinta da Bejeira 1

Encontro"Desenhar nas Estilas"  na quinta da Bejeira. 


Carlos Abafa em ação.

Encontro"Desenhar nas Estilas"  na quinta da Bejeira 2
Duas salas, dois ambientes completamente diferentes e o cão final encontrou um espaço para descansar.

Mais desenhos aqui

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Festival do Medronho - Monchique

 Durante o Festival do Medronho que se ralizou em Monchique, no espaço Multibox foram expostos os desenhos dos  Urban Sketchers Algarve que realizaram na acção "desenhar nas estilas" que decorreu nas adegas, na altura da produção. 

Esta acção foi desenvolvida pela Associação Memo em parceria com a Confraria do Medronho e os Urban Sketchers Algarve.



Gostava de deixar um agradecimento especial ao Carlos Abafa e à Ana Rosário Nunes pelo excelente trabalho que realizaram em todo este projecto " Desenhar nas Estilas", pois eles são os grandes mentores do mesmo e sem eles não se tinha realizado!

Muito Obrigado !
Mais fotos da exposição aqui

quarta-feira, 8 de abril de 2015

ainda as estilas

O Pedro já fez a reportagem
já mostrou este local

deixo, então outro recanto de quase oração lá pela serra de Monchique
foi depois do almoço e o rapaz  lá no canto cuidava que nem uma pinga  se perdesse 
que estivesse o cântaro inclinado a aparar, mal fosse preciso




terça-feira, 7 de abril de 2015

Estila para a alma

No sul do país, o sotaque tende a roubar umas letras a cada palavra. A destila, torna-se assim estila. Esta, a do medronho, produz aquele líquido transparente ligeiramente doce e frutado, encorpado, que é servido depois da refeição em muitas casas Algarvias.



Estando na minha nativa Lagos para o fim-de-semana, juntei-me ao pequeno grupo de sketchers regionais que organizaram uma série de encontros em destilarias do medronho à volta de Monchique. A primeira destilaria, de longe a mais interessante, está ainda munida das ferramentas tradicionais.


Não me alongo na descrição do processo da estila, porque tanto a Ana como o Luís já fizeram um excelente trabalho nisso:
(Ana) http://urbansketchers-portugal.blogspot.pt/2015/03/desenhar-nas-estilas_18.html
(Luís) http://urbansketchers-portugal.blogspot.pt/2013/03/desenhar-nas-estilas-monchique.html

O que sai na extremidade final do dispositivo do alambique é um líquido transparente, tão delicioso como traiçoeiro, já que é tão suave e saboroso que não nos apercebemos que estamos a ingerir uma bebida alcoólica até ser tarde demais!


A estila de uma porção pode levar várias horas, de maneira que os destiladores encontram maneiras de se entreter durante o dia. Este tipo em particular partilhou connosco a sua técnica de assar um chouriço como deve ser: embrulha-se o chouriço em papel craft; põe-se o embrulho no chão e tapa-se com cinzas; cobrem-se as cinzas com brasas; espera-se até estar; tira-se o embrulho; desembrulha-se no prato; fatia-se; come-se com pão tradicional de Monchique; empurra-se para baixo com medronho. Fica-se feliz até ao fim do dia, não importa o que vier.


sábado, 28 de março de 2015

Desenhar nas estilas


Uma manhã de desenho na destilaria da Lameira, na Serra de Monchique.





Convívio com a confraria do Medronho na destilaria da Brejeira.


quarta-feira, 25 de março de 2015

Nas estilas em Monchique

De sexta para sábado a festa foi rija na destila do medronho em Monchique - ver da direita para a esquerda de cima para baixo



 Também com cores aqui

quarta-feira, 18 de março de 2015

Desenhar nas estilas

Encontramo-nos de novo, serra acima, para desenhar nas destilarias de medronho, as "estilas" no falar serrano de Monchique.
A noite avança, a aguardente pinga... 





 Terminada uma caldeirada, a borra é retirada com o grande cácero de cobre, e o alambique é limpo para receber a nova porção de massa de medronho.


De novo a cabeça é colocada, vedada com borra amassada ou com argila. O lume bem alimentado. Recomeça um novo ciclo de 4 horas...


O alambique mergulha o seu longo "nariz" na tina de arrefecimento que provocará a condensação.
Perto, a bomba (densímetro) e o canudo usados para controlar a graduação.



Petisca-se, canta-se, joga-se às cartas. Na Quinta da Brejeira a noite é longa...


No Monte da Lameira, a poucos quilómetros, outro cácero de cobre brilhante descansa entre duas caldeiradas.


terça-feira, 17 de março de 2015

Desenhar nas estilas


  É o tempo mágico das estilas. O medronho apanhado no Outono, e que ficou a fermentar todos estes meses, vai ser destilado.
  É tempo de acender a fornalha, colocar umas caldeiradas de medronho no alambique e fazer jorrar a aguardente. Saborosa, cheirosa, apaladada e inebriante.
  É tempo de ouvir histórias velhas e novas, de pôr as conversas em dia, ao longo das noites e dias que dura a destilação do precioso líquido.



Uma noite de convívio numa destilaria tradicional na serra de Monchique.





No dia seguinte ao fim do dia o coro da Confraria do Medronho Os Monchiqueiros 
animou com os seus cantares.



Visita a uma outra destilaria de medronho.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Encontro Urban Sketchers do Algarve - Monchique


Desenhar nas estilas


É o tempo mágico das estilas. O medronho apanhado no Outono, e que ficou a fermentar todos estes meses, vai ser destilado.
É tempo de acender a fornalha, colocar umas caldeiradas de medronho no alambique e fazer jorrar a aguardente. Saborosa, cheirosa, apaladada e inebriante.
É tempo de ouvir histórias velhas e novas, de pôr as conversas em dia, ao longo das noites e dias que dura a destilação do precioso líquido.
Por isso vos convidamos para, num primeiro momento, vir desenhar acompanhando a laboração da estila durante a noite. Poderão trazer algo para petiscar e um saco-cama ou manta para pernoitar.
Num segundo momento, durante o dia, à continuação da destila da aguardente. O almoço será na própria adega, dividindo-se a despesa. Pode trazer mimos para a sobremesa.
PROGRAMA
6ª feira, dia 13 Março 2015
21.00 h - Encontro no Largo dos Chorões, no exterior da Junta de Freguesia.
21.30 h. - Início das hostilidades numa destilaria (estila) nos arredores de Monchique. Trazer saco-cama ou cobertor para dormir.
Sábado, dia 14 Março 2015
10.00 h - Encontro junto ao Intermaché, entrada de Monchique. partida para uma outra estila, para visitar e desenhar.
12.30 h - Deslocação para a estila onde se vai almoçar e desenhar.
Devem confirmar a participação para o email: boto.com@gmail.com, até ao dia 12 de Março, para encomendar o almoço.
Urban Sketchers do Algarve • Associação MEMO • Confraria do Medronho Os MONCHIQUEIROS

quarta-feira, 20 de março de 2013

Desenhar nas "Estilas", Serra de Monchique


Passamos grande parte do ano em Monchique (Carlos Abafa e Ana Rosário Nunes) o que nos tem permitido assistir a toda a vivência da produção artesanal de aguardente de medronho. Este é um dos locais onde funciona uma destilaria, na gíria local "estila".

Este ano partilhámos essa experiência com outros desenhadores. "Desenhar nas estilas" aconteceu no fim-de-semana de 9 e 10 de Março. Entre outros amigos, foi um prazer partilhar olhares, petiscos e traços com Luís Ançã e Pedro Cabral. Esta é a primeira publicação que fazemos nos USk com o que registámos desse dia. (Carlos Abafa caderno de argolas, Ana Rosário Nunes caderno cosido).



Tradicionalmente uma "estila" tinha sempre momentos de convívio. Destilar era um processo moroso e solitário, dado que se fazia em contínuo, noite e dia, mantendo sempre o lume aceso na fornalha. Assim, ir fazer um pouco de companhia a quem estava a destilar era uma questão de solidariedade…



E um petisco era sempre bem-vindo! Como estes enchidos tradicionais de Monchique: os "molhos" (recheados de arroz) e a "morcela de farinha" (nada tendo a ver com a farinheira, esta é muito escura, usa farinha de milho e é feita em sacos de pano).



Os novos contentores de plástico azul convivem com as velhas dornas. Em ambas o medronho colhido no Outono fermentou durante vários meses, formando a "massa" que irá agora ser destilada.



Entre bidons de medronho em fim de fermentação, o Pedro Cabral aninha-se a desenhar. Ao fundo brilha o cobre do enorme "cácero" que, de oito em oito horas, servirá para encher de novo o alambique com "massa" fermentada.




Na destilaria da Pedra Branca, na manhã fria e chuvosa, o calor da fornalha aquece a massa, enquanto o Luís Ançã desenha. A "cabeça" do alambique, como um estranho pássaro de cobre, mergulha o seu bico no tanque de água fria, arrefecendo o metal nessa travessia e provocando, assim, a condensação dos vapores. Do outro lado do tanque, com a lentidão dos processos ancestrais, escorre a aguardente cristalina.




Numa prateleira junto à bica de saída da aguardente, os instrumentos de aferição aguardam. Um pouco de aguardente será recolhida num copo feito com um troço de cana e nele será introduzido o "termómetro" para medir a graduação.



Na destilaria do Monte da Lameira assistimos ao ritual do fim e início de uma nova "caldeirada". É o momento em que melhor se entende o funcionamento do alambique. Enquanto no outro extremo da adega o enorme "cácero" recolhe do fundo da dorna a massa de medronho fermentado que irá encher a caldeira, a "cabeça" repousa invertida antes de ser cuidadosamente reposicionada e calafetada. A caldeira — o ventre esférico do alambique — também ela de cobre, pode agora ser observada por dentro durante as operações de limpeza que a preparam para receber nova "massa".



De novo a espera, com um controle discreto mas eficaz do destilador. O manso pingar da aguardente, com um fascínio semelhante ao do crepitar do fogo…