Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


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segunda-feira, 23 de abril de 2018

Vamos todos a Óbidos?


Relembramos  que é já neste sábado o Encontro USkP em Óbidos !
O Encontro decorrerá a par da Exposição "Óbidos vista pelos Urban Sketchers", que integra mais de uma centena de desenhos, de mais de 30 autores!
Para  além destas iniciativas, muitas outras nos esperam ao longo dos vários dias do  Festival Latitudes (cuja programação integral se pode ver AQUI).
Vamos desenhar Óbidos?
Sim! E contamos com todos!


terça-feira, 17 de abril de 2018

Vamos desenhar Óbidos - Encontro USkP

Encontro USkP em Óbidos (dia 28 de Abril. Ponto de encontro no Largo do Pelourinho às 10h30 até às 17h) integrado no Festival Latitudes para o qual fomos convidados e onde, além do Encontro e de uma Exposição, temos as seguintes iniciativas:

SÁBADO 28 ABRIL
12h00 Conferência “Tempos e espaços da viagem no espaço heterotópico do caderno”
Por Marco António Costa
Local: Casa José Saramago

DOMINGO 29 ABRIL
10h30-12h30 Workshop “Composição Poética”
Por Bruno Vieira
Local: Livraria da Adega, Espaço Ó
16h30 Conferência “Viagem pela América Latina”
Por Eduardo Salavisa
Local: Casa José Saramago

Ver toda a programação do Festival aqui.


sexta-feira, 5 de maio de 2017

Latitudes - Literatura e Viajantes

Faz hoje uma semana que terminou o Festival Literário Latitudes, organizado pela Óbidos Vila Literária e apoiado pelos Urban Sketchers Portugal. Foram três dias intensos de conferências, desenhos, livros, partilha e boa disposição. Em meu nome pessoal e em nome da Associação, gostaria de agradecer a massiva participação dos USkP, que encheram as ruas estreitas e empedradas da vila ao longo do fim de semana. O trabalho e a organização valeram mesmo a pena!

E obrigado aos nossos colegas de Barcelona, Maru Godas, Santi Sallés e Lluisot, e também ao Grupo do Risco, na pessoa do Pedro Salgado, que nos ajudaram a dar uma nova e inesperada dimensão ao que fazemos e ao que somos. Obrigado aos nossos conferencistas pelas estórias e lugares encantadores que nos mostraram, e também à Celeste Pinho, vereadora da Cultura da CM Óbidos, à Julita e ao José Pinho da Ler Devagar, que tão bem nos receberam e nos contagiaram com o seu entusiasmo.
Já estamos a pensar em 2018!

Vale a pena ver as fotos do fim de semana. Clicar AQUI


 Foto de grupo, tirada no domingo ao fim da tarde. 


Literatura e Viajantes IX

Segunda... A complexidade do casario de Óbidos andava a implorar para ser desenhada, como provavelmente seria o ultimo desenho até não aguentar mais dos glúteos (banco de pedra), fiz-lhe a vontade.
Debaixo das Oliveiras a tentação era de sesta, o local era desviado das rotas românticas populares e oculto de olhares, apenas se ouviam os pássaros a cantarolar e os turistas aos berros com medo de cair da muralha ("Que merda! Agarrem-se à parede!").


Literatura e Viajantes VIII

Segunda... A rua direita estava enfeitada, perfumada, cheia de verdura no chão, havia rosas à porta das igrejas e namorados como enxames de abelhas à procura de mel, mesmo a precisar de um desenho, claro que não... Era altura de dar atenção à rua traseira, em sombra, abandonada, vazia.
Um exercício de rua descobriu-me, queria colocar a rua inteira no bloco, era praticamente um devaneio de forma fotográfica mas o desenho permite impossíveis.
Começei por desenhar nos extremos do caderno, os enfiamentos opostos da rua e aos poucos juntei-os com distorção, decerto irei repetir...


quinta-feira, 4 de maio de 2017

Literatura e Viajantes VII

Segunda... Depois de ver alguns sketchers bastante longe, atalhei por entre os telhados e voltei a encontrar a Lurdes Morais, estava junto à Igreja da Misericórdia a pintar, tinha ar de estar a batalhar contra o calor.
Já tinha feito postais deste enquadramento e a Igreja passou o fim de semana a desafiar, não era dia de detalhes mas tinha que ser.
Começei a perceber a montanha que tinha pela frente, o detalhe crescia exponencialmente, e o mais difícil era desistir depois de começar. ...fui ficando até ao fim, enquanto os turistas passavam para quebrar o silêncio.


quarta-feira, 3 de maio de 2017

Óbidos - Literatura e viajantes

Acho que foi um fim de semana óptimo. 
Quem me dera que tivesse durado mais tempo e me permitisse desenhar mais, que me perco nas conversas e na vontade de estar com toda a gente. Por entre os pingos da chuva, um deles foi mesmo feito debaixo de uma chuva miudinha de Domingo de manhã, lá consegui desenhar duas igrejas, a de Santa Maria e a de São Pedro. 



Literatura e Viajantes VI

Segunda... Acabei por acompanhar a Sofia Gomes de volta a Óbidos, entrei por uma porta e sai por um postigo, andava à procura dos caminhos onde ninguém passa, queria desenhar o topo da muralha vista do exterior...
Andei por trilhos repletos de vegetação, ao inicio não se viam as muralhas mas ouviam-se, crianças e turistas aos berros ("- Parem lá com essa merda!").
Como o espírito não queria detalhes, fiz uma panorâmica rápida, entornei-lhe pigmentos em cima e segui o trilho até o relógio interno me chamar para almoçar.


Óbidos em festa!

"Já desenhaste a igreja para colocar no mural?" - perguntou-me a Fernanda. Acenei com a cabeça negativamente, pelo que ela respondeu-me de imediato: "Então vai fazer". E entregou-me um bloco com folhas soltas. Foi assim que fiz o meu primeiro desenho de Óbidos: gastei três folhas soltas à Fernanda para desenhar o largo! 
 

Durante o sábado e o domingo estive a maior parte do tempo no quartel-general. Por opção. Porque estava a vender cadernos. Porque gosto de conhecer pessoas novas. Porque gosto de conversar sobre o desenho. Porque gosto de saber como os outros se expressam nos seus cadernos!
Na segunda-feira foi mais tranquilo. Começámos com um passeio até à igreja principal e terminamos com um almoço na "Casa dos Bons Malandros", com a companhia de alguns conferencistas do Festival.




Foi um fim-de-semana 5 estrelas! Cheio de desenhos, de gente nova, de conversas interessantes, de partilhas de viagens, de cadernos, de técnicas e de materiais!


Parabéns à direcção USKp: vocês foram fantásticos durante este dias! Obrigada pelo acolhimento, pelo vosso trabalho, pela vossa disponibilidade e claro, pela amizade em torno de cadernos e desenhos!

Encontro de Óbidos

Encontro de Óbidos. Que belo encontro (mesmo tendo chegado ao final da tarde de domingo...)!
O problema destas fotos é que, quando o Sol está quente, refugio-me numa sombra mas quando quero tirar a foto ao desenho com o representado em segundo plano, tenho que mudar o ponto de vista para que o desenho também esteja ao Sol. O que não dá exactamente o ponto de vista do desenho. Mas quase.

Literatura e Viajantes V

Domingo... Depois de uma boa conversa com aguarela fora de controlo, resolvi desenhar o arco sobre a rua visto do topo da travessa. Um enquadramento com histórias, onde os fantasmas e as memórias vão falar entre garrafas e copos.


Festival Latitudes - Óbidos

Entrei em Óbidos cheio de vontade de desenhar. Já visitei Óbidos por diversas vezes e sabia o que me esperava. Logo à chegada fui visitar a nossa sede no Festival Latitudes, para cumprimentar o pessoal e ver a exposição. E logo a seguir lá fui na companhia da Rita, pelas ruas acima, para iniciar as hostilidades do papel e caneta.
A meio do 1º desenho fui interpelado por um francês que falava espanhol e fazia muitas perguntas de forma simpática. Era um aguarelista que agora está mais interessado no caderno de viagem, por isso encaminhei-o para a nossa exposição e até o voltei a encontrar enquanto a visitava.


Como tinha começado a chover quando estava mesmo a acabar o 1º desenho voltei para o abrigo da sede para mais uns dedos de conversa. Foi quando percebi que estavam na parede vários desenhos do largo do Pelourinho, todos em folhas soltas. A ideia era ter diferentes visões do mesmo local. Gostei da ideia e quis participar, por isso fui buscar uma folha e sentei-me na varanda. Um pouco depois lá veio a chuva outra vez e tive que voltar a abrigar-me no interior da sede. Ainda não tinha acabado o desenho e sentei-me junto a uma janela, com vista para o largo, para lhe dar uns retoques antes de o fixar na parede junto dos outros.


A hora do almoço chegou e não foi preciso ir muito longe para me sentar a almoçar. Mesmo no edifício onde os USKP tinham a sede havia no piso 0 um café com pães com chouriço quentinhos e pizzas. Como ainda não tinha desenhado muito não queria perder muito tempo com o almoço, pelo que o pão e a pizza vieram mesmo a calhar.

Já de barriga cheia fui em direcção a uma casa por onde tinha passado de manhã, que tinha um à porta um cão de guarda em pedra muito especial e que me tinha pedido para o desenhar. Fiz-lhe a vontade.


A Rita tinha ficado a desenhar um Volvo "very typical" e juntei-me a ela, não para desenhar a viatura, mas para desenhar uma perspectiva sem cor no meu caderno pequeno.
Nesta altura já o sol batia forte e achámos que antes do próximo desenho devíamos beber uma cervejinha para refrescar a garganta e as ideias para o desenho.


Quando passei por estas escadinhas apercebi-me que foi aqui que fiz um dos meus primeiros desenhos de urban sketching, já lá vão 5 anos. Acabámos por nos sentar nos degraus e desenhar mais um pouco.


De regresso à sede encontrámos o Luís Frasco que estava a receber os comentários da Mary Godas em relação a um desenho que ele tinha feito. A Rita gostou das dicas que ela deu e picou-me para irmos desenhar mais uma vez, para pormos em prática o que tínhamos ouvido.
Ficámos ali perto no largo do Pelourinho e quando estávamos a acabar o desenhos vimos a malta toda a juntar-se na varanda para a foto de grupo.
Foi arrumar tudo à pressa e correr ainda mais depressa até à varanda para também ficarmos na fotografia.




terça-feira, 2 de maio de 2017

E não é que me esqueci deste no post d'ontem?... Ainda o encontro USKP no festival Latitudes. Belo chocolate quente que aqui se bebeu a acompanhar o rabisco.


Festival Latitudes, em Óbidos

Igreja de São Pedro, edificada no Séc. XIII - XIV, foi reconstruída após o Terramoto de 1755.

Rua nas traseiras da Igreja de São Pedro.

Latitudes.Óbidos: muralhas.

Muralha: castelo, esferográfica e aguarela, 29 abril 2017.
Muralha, esferográfica e aguarela, 29 abril 2017.

Literatura e Viajantes IV

Domingo... Depois de algumas corridas a fugir de chuva incerta, eu e a Lurdes Morais acabamos por nos abrigar na Casa da Cadeia, um Bar "Medieval" no grande arco sobre a rua, visível das costas da Igreja de Santa Maria.
Os detalhes interiores eram aliciantes mas a decisão foi arrebatada pelas almofadas dos cadeirões exteriores.
Ficamos ali com café e chocolate quente a pintar, iniciei um caderno que tinha feito e perdi-me demasiado com a aguarela...

segunda-feira, 1 de maio de 2017




O papel era fraquito, mas aguentou-se com a água toda que lhe pus!




Viagens ilustradas - "Traços de viagens - experiências remotas e locais invulgares"; conversa/conferência interessantíssima, com Manuel João Ramos!


Amarelo, Azul e sanguínia

São três razões mais que suficientes para ir a Óbidos. Mas se juntarmos às cores predominantes de Óbidos as suas casa tortas, as ruas labirínticas, desníveis, escadas, muralhas e um festival (LATITUDES), que junta amigos, viajantes, escritores e desenhadores para falar das suas aventuras, então torna-se imprescindível estar lá. No sábado lá fomos os 4. ficámos na Casa do Castelo, uma casa dentro das muralhas estrategicamente escolhida para dar de comer às crianças, passear, descansar e desenhar sem interferirmos nas liberdades de cada um.  Foi assim descontraído que vi as palestras que pude e que consegui fazer estes dois desenhos.
Enquanto a Júlia desenhava uma flor, eu comecei este desenho.Preparava-me para continuar para a página da direita quando a Júlia me disse que o seu desenho esta terminado e queria continuar. Mas até ficou melhor assim. Aproveitei o espaço vazio para esfregar o dedo nas paredes das casas e transferir a cor "verdadeira" para o papel.

A casa onde ficámos tinha dois andares. A vista dos quartos era soberba. Depois de almoço  aproveitei que as miúdas estavam a brincar na sala e subi ao quarto para desenhar. A Inês fez o mesmo e foi para a outra Janela. Foi um desenho demorado a montar as peças deste puzzle que é Óbidos. Já estava a terminar quando a Júlia, o cronómetro cá da casa, veio ter comigo e disse: "Já te deixamos desenhar. Agora queremos ir passear".