Quando entramos na Patagónia vindos de Buenos Aires encontramos Puert Madryn. Uma vulgar cidade costeira argentina que tem como um dos seus atractivos as baleias que chegam à sua costa a partir de Junho para se reproduzirem. Veem à procura de águas quentes vindas do Ártico. Cheguei em Julho e elas lá estavam.
Foi numa manhã que fiz este desenho. O porto estava com os seus barulhos característicos: barcos a apitar, gaivotas com voos rasantes a chilrear e o canto das baleias a comunicarem entre si (a mancha à esquerda representa duas baleias que parecia que estavam a acasalar).
Uma das coisas incríveis do desenho é fazer-nos recordar o momento em que o fizemos. E o que me lembro daquele momento é o canto das baleias.
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Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.
John Ruskin, intelectual inglês do século XIX
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8 comentários:
Que belo texto e desenho! Uma imagem que puxa da memória os sons da Natureza.
Gosto tanto deste desenho. Há tanta coisa nele que quase se nos cola à pele. Belíssimo.
O texto é lindo, tinha de ser de um viajante.
Imagino sempre este momento, vívido na memória, quando revejo este belo desenho !
Cheio de decibéis este desenho
Ouvimos tudo isso, e ainda sentimos o fresco da maresia!
(zangas-te se disser que tenho saudades destas cores? :))
A cor tem um poder enorme. Mas o desafio pode ser: conseguimos fazer um desenho com impacto recorrendo só ao mínimo material - a caneta? (não me zango, antes pelo contrário:))
Muito giro!! olhar para est edesenho faz-me ouvir muitas coisas, o sons do mar, das gaivotas, dos barcos....
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