Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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domingo, 23 de junho de 2019

Natal - Diário de Bordo - Parte IV

29.05.2019

O sol nasce todos os dias às 5h, e por essa razão, o quotidiano dos natalenses também começa cedo.
A agenda de hoje indica uma reunião de trabalho com o IPHAN, às 8h. A sede do IPHAN fica no bairro da Ribeira, na ponta oposta da de onde nos encontramos instalados - Ponta Negra. Ao sairmos do hotel, depravamo-nos sempre com os buggys à espera dos turistas, que dali partiam à procura da aventura nas dunas das extensas praias de Natal. Os branquelas (como eu), saíam de manhã, brancos como a cal e ao final do dia chegavam vermelhos como lagostas. Eu não tive esse problema, pois à nossa espera estava sempre um motorista da UBER ou os nossos anfitriões, que nos levavam até aos nossos compromissos. 
 
Não eram só os buggys que nos faziam pensar nas praias e no lazer. Para cada lado que fossemos, tínhamos de percorrer a marginal junto às praias. 
 
Outra presença constante - Torres e mais torres, que denunciavam as assimetrias sociais.
 
Ao chegar à Ribeira, vamos encontrando algumas peças de arquitetura que se destacam na paisagem.
 
Algumas delas, apesar de mal tratadas, escondem um enorme potencial. Falta alguém que lhes devolva a dignidade roubada pela incúria dos proprietários.
 
 
 
O almoço teve lugar na Cidade Alta, mais precisamente no Bar do Zé Reeira, um dos mais castiços botecos de Natal.
 
 
A conversa estava ótima, assim como a comida, mas o dever chamava por nós. Próxima paragem - Forte do Reis Magos.
 
Pelo caminho vimos o outro lado da moeda de uma sociedade de contrastes… Sem-abrigos a viver debaixo das pontes.
 
 
Ao chegar ao Forte dos Reis Magos, encontramos os vendedores ambulantes que se queixaram da quebra de vendas, que começou com as obras do forte e consequente afastamento dos turistas e numa segunda fase com a suspensão das obras. Esta indefinição transmite-lhes insegurança, num futuro que por si só já costuma ser negro.
 
A caminho do Forte, podemos apreciar o imenso mangue...e jovens pescadores a tentar a sorte…
 
e a ponte nova que foi feita para deixar passar cruzeiros, mas que afinal não deixa passar todos quantos era previsto…
 

Eis que chegamos à porta do Forte, onde nos esperava o Engº Alcio Costa, responsável pela obra, que nos fez uma visita guiada, dando-nos a conhecer todos os pormenores desta grande empreitada.
 
 
 

Texto completo, com fotografias e desenhos pode ser consultado AQUI

1 comentário:

Rosário disse...

Sempre fantásticas estas reportagens!