Mais
de duas semanas passadas sobre o Simpósio, ainda tenho dificuldade
em fazer uma descrição, por simples que seja, da experiência
extraordinária que foi fazer parte de tão ímpar acontecimento,
cuja lembrança permanece ainda bem fresca.
Na cidade que o acolheu, a vida segue como sempre. A diferença é
que agora qualquer recanto remete para boas lembranças: A esquina
onde encontrei est@ ou aquel@, a rua onde dezenas desenhavam
afanosamente, o largo onde decorreu certo workshop e a escadaria que
um grupo ofegante teve que vencer para lá chegar, a esplanada
ribeirinha onde experimentei breves amostras de
“drincandró” antes de seguir rumo a casa para escrever o artigo
do dia... Lembranças que regressam nos cadernos e nas máquinas
fotográficas de quem chegou e partiu, mas nas quais tropeça “in
situ” e todos os dias quem por cá fica.
Outra
marca, bem profunda, que a experiência deixou, foi na forma deste
“indígena” observar e redescobrir a sua velha urbe: Antes do
Simpósio, na preparação dos artigos que a apresentavam, ao
desenhar lugares emblemáticos e desde sempre tão familiares e que
de repente aparecem com renovada frescura; Mas sobretudo depois do
Simpósio, ao rever através de oitocentos e muitos olhares esses
mesmos sítios e muitos outros, por vezes através de abordagens
surpreendentemente inusitadas e acutilantes.
É
aí que me dou conta da sorte que tenho em viver numa cidade tão
extraordinária, que doravante passa a estar com certeza no roteiro
obrigatório do “urban sketching” global, e que por estes dias
não me canso de revisitar com o caderno na mão.
5 comentários:
A mais bela cidade do mundo, merece os melhores desenhos!
Parabéns! estás imparável!
Que loucura, grandes desenhos.
Ui, queria corrigir "mostrada" por "mostrado" e apagou-se tudo! :( Lindo, este teu Porto.
Extraordinário!
Enviar um comentário