Quando era pequeno gostava muito de ver os equilibristas andar na corda. Lembro-me que algumas vezes se deixavam cair por brincadeira, para logo se colocarem de pé. Embora nunca tenha experimentado equilibrar-me na corda, lembrei-me que esta pode ser uma boa analogia em relação ao exercício proposto pelo Omar Jamarillo, na oficina que realizou este sábado na Casa atelier Arpad Szenes Vieira da Silva. Ele propôs desenhar a mancha dos espaços negativos com aguarela. Este é o primeiro paço para ver as formas. Depois de treinarmos as formas negativas, rapidamente podemos transferir essa ideia para as formas positivas. Segundo ele, ao procurarmos a abstração no que nos rodeia, passamos a ver formas que se encaixam umas nas outras. Eu identifico-me muito com esta maneira de desenhar. Ele pintas as formas, eu costumo contorná-las. E o mais fantástico desta forma de desenhar, principalmente se a cena for complexa, é que nos vamos perdendo e encontrando, numa brincadeira que me parece próxima do caminhar na corda. Agrada-me a ideia de me ver como um equilibrista (não da corda mas da linha).
Um conjunto de espaços vazios pintados diretamente com aguarela. Durante este período de tempo saíram cadeiras. sentaram-se pessoas a cena foi mudando. Decidi por isso pintar várias camadas de espaços negativos e deixar-me levar pelas circunstâncias.
Desenho com uma só cor. pintar por camadas. Definir grandes áreas com tom claro e sub-dividir cada uma para ganhar profundidade. No fim o Omar disse-me para pintar com outra cor a personagem do meio para criar um ponto de interesse. Foi uma excelente ideia.
13 comentários:
Girissimos...
Olha que lindo o de baixo! que belas cores. Qualidade `a Omar
abraco!
Uau!
Muito giros!
um belo exercício e o resultado ficou mt bom :--)
Muito bons estes exercicios. Para a próxima que fizeres algo deste género, usa um papel de 300g da Winsor Newton, até te passas ;)
Muito bom!
Que exercício fantástico, adorei!
Muito bem!
O segundo está mesmo brutal!
Parece-me que este workshop foi um sucesso, gostei especialmente das formas do ultimo.
Do caneco!
Tanto elogio do senhor professor ... ainda em modo babado? Tens razões para isso ... isto está muuuuito bom! Mestre Procópio, bem se vê ;-)
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