Como uma metralhadora.
As palavras saiem-lhe em rajadas, secas, até agressivas. Persecutórias.
Ele ouve, cansado. Com mágoa e resignação sussurra frases tranquilizantes que não fazem eco naquela estranha de olhar vago com quem, afinal, partilhou toda uma vida.
Maldito Alzheimer.
Vou comer bróculos.
E enfrascar-me em Ginko Biloba.
As palavras saiem-lhe em rajadas, secas, até agressivas. Persecutórias.
Ele ouve, cansado. Com mágoa e resignação sussurra frases tranquilizantes que não fazem eco naquela estranha de olhar vago com quem, afinal, partilhou toda uma vida.
Maldito Alzheimer.
Vou comer bróculos.
E enfrascar-me em Ginko Biloba.
(sala de espera da Clínica dos Poetas, Oeiras)
12 comentários:
Maravilhoso desenho!
Este é o tipo de desenho que não precisa de palavras, ele fala por si! Parabens!
intenso, é o que é!!
Lindo!
Fiquei sem palavras...desejo que a senhora em destaque não seja ninguém muito chegado à Teresa, pois é durissimo acompanhar o evoluir destas doenças... por mais que (tão bem) desenhar ajude a criar alguma distância.
Fefa
soberbo!
As palavras, o desenho, as expressões, a composição... está fantástico Teresa :)
A força do desenho e da história!
Comove!E preciso ter coragem e talento.
Leonor Janeiro
Sensível.
um dos melhores post que aqui vi.texto incluído.
Eh lá, tantas coisas boas de ler! Obrigada! Fefa, obrigada pela preocupação. Felizmente não é ninguém que eu conheça. É um casal que estava na sala de espera de uma consulta. Foram pouquíssimos minutos, mas suficientes para me impressionar muito...
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