Quantas vezes estamos a desenhar uma coisa e, de repente, apetece fazer outra. Estava entretido no jardim da Casa da Cerca, talvez o melhor sítio do mundo para apreciar Lisboa, a desenhar o meu recanto favorito da capital, quando uma senhora se senta a ler um livro de Fernando Pessoa e o retrato do poeta ficou virado para mim.
Primeiro pensei em desenhar a senhora mas o olhar do poeta estava-me a provocar. Nem mudei de página, foi logo ali naquele espaço onde ia ficar o casario. São daquelas avarias que a fotografia não deixa fazer, mas o desenho não tem limites de liberdade.
3 comentários:
É ASSIM MESMO!
...o poder de PESSOA...
Também já me aconteceu...há imagens e vultos que se intrometem no nosso sketch em elaboração e a única volta a dar é ...capturá-los!
Fefa
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