Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

sábado, 1 de agosto de 2015

brasil 2015_15 e 16 julho

Destino: Santo André _ São Paulo _ Brasil
Convite: SESC de Santo André e Lauro Monteiro Filho
Objetivo: Comunicação sobre o arte ao centro e encontro internacional de desenho de rua de torres vedras; workshop de desenho e património
Duração: 15 - 29 de julho
Caderno: a5, folhas brancas 80gr. nota: uso os cadernos que me oferecem e escolho-os de forma aleatória
linhas e manchas: caneta waterproof (stapless); aguarela

Esperavam-se umas longas horas de viagem - destino guarulhos, são paulo, com escala no monstruoso aeroporto de barajas_Madrid.
Uma das coisas que me atrai desenhar, quando viajo, são as malas de bagagem

um dos desafios que lancei a mim próprio para esta viagem foi desenhar pessoas, tentar vencer esse medo. Nada melhor que apanhá-las a dormir




No aeroporto de guarulhos, tinha à minha espera o meu amigo Lauro Monteiro, principal responsável por esta viagem/aventura. Primeira viagem foi no hotel Íbis, onde o Lauro tinha a sua bagagem e onde fui logo convidado a desenhar...


1ª refeição foi no shopping, no restaurante Livorno, já em Santo André. Comida a peso, a única forma de comer alimentos saudáveis e a preços acessíveis.


Rua Cel. Fernandes Prestes, Santo André. Na 1ª saída para reconhecimento da cidade, o Lauro dá de caras com uma loja "xerox". Os brasileiros não utilizam o termo fotocópia, dizem "vamos tirar uma xerox". Somos "convidados" a entrar, onde o Lauro decide reforçar o stock de carimbos. Enquanto isso, eu começo a riscar a cidade. No meio de tanto ruído visual, é difícil encontrar edifícios antigos. A cidade de Santo André teve um enorme crescimento motivado pela instalação de industrias, armazéns e oficinas. Onde existiam chacaras, começam a crescer arruamentos, loteamentos e muitas construções ilegais e desordenadas, provocando enormes problemas no ordenamento do território, sobretudo do ambiente e do trânsito (infernal). No entanto, um olhar mais atento ainda consegue descobrir pérolas como esta que data de 1901, onde se encontra a interessante Selaria Santa Teresa. No interior da loja encontravam-se 4 funcionários que nos deram a conhecer o estabelecimento e os seus produtos, todos eles destinados aos "boiadeiros". Impressionante como uma casa destas, com produtos extremamente rurais, consegue manter-se aberta numa das cidades mais industriais do Brasil. Os opostos atraem-se, sem dúvida...

Praça do Carmo, centro de SantoAndré. Após uma breve caminhada, chegámos ao centro, onde se encontrava a decorrer uma feira. A Praça do Carmo é desenhada por um conjunto de edifícios com detalhes arquitetónicos semelhantes: Igreja, casa da palavra e casa do olhar. São neo-neo-neo-neo-qualquer coisa que valem pelo conjunto e por serem dos poucos exemplares do início do século XX. Na feira não faltava o pastel e o chá do padre (o chá estava esgotado).




3 comentários:

Pedro Alves disse...

Se bem te conheço, vem aí uma chuvada de desenhos monumental. Continua a combater o medo das pessoas, estás a evoluir bastante nesse sentido. Abraço

Maria Celeste disse...

...e o Brasil é um país grande em todos os sentidos...

Pedro disse...

Um atividade imparável!