Conhecem a história de Pedro e Inês? Eu nunca a tinha conhecido em pormenor. Aqui vai:
Dentro do mosteiro de Alcobaça repousam os sarcófagos de Pedro e Inês, os protagonistas de uma história de amor trágica da idade média - com derramamento de sangue e traição ao nível do Game of Thrones!
D. Pedro, príncipe herdeiro no séc. XVI foi dado a casar-se com Constança de Castela. Quando primeiro se encontraram, Pedro só tinha olhos para uma das aias de Constança: Inês de Castro, uma nobre galega com ligações à corte Castelhana. Pouco tempo depois, apaixonaram-se um pelo outro.
Pedro prosseguiu com o seu casamento com Constança, de quem teve três crianças. Contudo, o amor entre Pedro e Inês nunca esmoreceu e continuaram a encontrar-se em segredo. Rumores deste romance espalharam-se pela corte e, depois de Constança morrer dando à luz, o escandalizado rei D. Afonso baniu Inês - já mãe de quatro filhos de Pedro - da corte, para um convento em Coimbra. A Pedro não era permitido entrar, mas conseguia fazer passar cartas à sua amada.
Vendo a futilidade de manter os amantes separados, e temeroso por pretensões ao trono dos filhos de Inês, o rei enviou três nobres para assassinar Inês, decapitando-a. Pedro, enraivecido pela sede de vingança, gastou anos a caçar os assassinos da sua amada, capturando dois deles. Executou-os em praça pública, arrancando os corações do peito e imolando os corpos.
Reza a lenda que, depois de ser coroado rei, Pedro exumou o corpo de Inês, declarando ter-se casado com ela em vida e obrigando toda a corte a reconhece-la rainha e a beijar a sua mão.
Hoje, os amantes descansam em pedra para a eternidade, sob as abóbadas da igreja do Mosteiro de Alcobaça
É um conto de amor impressionante, repleto de sangue, tragédia e traição. Não menos impressionante é a chaminé das cozinhas do mosteiro, uma potente obra arquitectónica revestida de belos e simples azulejos.
Menu superior
- Início
- Sobre os USkP
- Junta-te aos USkP
- Agenda dos Sketchers
- Iniciativas
- Sketchers no mundo
- Contactos
Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.
John Ruskin, intelectual inglês do século XIX
Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.
Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio
8 comentários:
E, não menos impressionantes ainda, são estes desenhos!
Espectacular!!!
Grande reportagem!!!
São óptimos estes desenhos.
Que história e que desenhos!
Obrigado a todos! :D
Impossível ficar indiferente á riqueza do texto e dos desenhos. Muito bom!
Enviar um comentário