Piscinas nunca foram bem ao meu gosto. Estas foram casos especiais deste verão. A piscina do Clube Elvense de Natação foi uma necessidade imposta pelos 42º C que se faziam sentir junto à fronteira, de visita à terra da P. É uma daquelas piscinas que transborda arquitectura do Estado Novo, e que ainda se mantém desses tempos. Enxames de adolescentes de férias fumavam à socapa e faziam bombas a mergulhar na água, enquanto que a velha guarda bebia cervejas no café ao fundo.
Nas brenhas da serra de Lagos, em Barão de S. João, um amigo da família que planeou e construiu a própria casa recorrendo a técnicas tradicionais como o adobe, incluiu na soberba propriedade uma piscina biológica. Não assisti a grande parte da explicação, mas parece que a água da piscina, sempre em circulação, é limpa por bactérias que se encontram num depósito paralelo, oculto da vista. Livre de cloro, o cheiro e o sabor da água fazia lembrar a de um lago, como os que por cá na Suécia há muitos. A admirável construção não vem sem um preço: limpeza e manutenção são acrescidas. Mas é um deleite para quem visita.
3 comentários:
Os teus desenhos são uma delícia!
...gostei muito de conhecer as piscinas ,principalmente a segunda...
Admiráveis!
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