Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Khoreía

(Do gr. khoreía, «dança» + gráphein, «escrever», pelo it. coreografia

"Esta série teve origem em desenhos feitos num espectáculo de dança. Enquanto o olhar acompanhava os corpos em movimento, a caneta divagava mais ou menos livre pela folha de sala. Procurei traduzir as deslocações e as pausas, continuidades e descontinuidades de um percurso que se vai apagando e substituindo por novas e fugidias impressões. O gesto no espaço, que a dança consagra, relaciona-se assim com o gesto no plano. Por isso, a obra toma a forma de uma espiral que termina na representação da mão. A introdução das molduras pretas tornou-se uma limitação necessária à autonomização de cada desenho, mas permitiu que o suporte se tornasse parte integrante da obra, em diálogo com a linha, umas vezes atravessando-a outras contendo-a. Através do desenho procurei também comentar a escrita para dança. Desenho não apenas registo, mas pauta e anotação. Desenho e dança que se contemplam, circundam e completam." Mostra Jovens Criadores 2010
 

5 comentários:

hfm disse...

Gostei muito do que vi e particularmente do que li. Bom complemento.

jose goncalves disse...

A liberdade da linha na sua mais pura essência. Sabia que há quem desenhe sem olhar para a folha, como gosto do efeito, vou experimentar.

Marilisa Mesquita disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marilisa Mesquita disse...

uma bela forma de "escrever" a dança. gosto bastante do conceito. parabéns. (:

Rosário disse...

Gosto muitos destes desenhos "cegos"!