Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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quarta-feira, 9 de março de 2011

Os Maias de Eça de Queirós


Perdi uma aula de desenho com os meus alunos do 11º ano, mas disse-lhes: "levem o diário gráfico e desenhem durante a peça!"
A única possibilidade de registo era através do desenho cego. Estava tudo escuro. Só se via o palco.
No final, queria ver os desenhos dos alunos, mas nenhum se atreveu a desenhar às escuras. "Não se via nada! Ia ficar tudo mal..." Diziam-me eles. Enfim...

Gosto mesmo do que faço! Até posso ir ao teatro desenhar..

4 comentários:

sofia palma disse...

Ahh que desperdício! Precisamente por ir ficar "tudo mal" é que se deve arriscar, e depois ficar surpreendido com os resultados! Estão mesmo engraçados os desenhos :) Como foi a peça?

Tiago Cruz disse...

Estes "desenhos cegos" estão muito interessantes! Também gosto de ver a cor a diferenciar os actores dos adereços e elementos da cenografia…

zeta disse...

Se calhar os alunos não deviam saber muito bem o que era o "desenho cego". E o disseram ao ver o desenho do professor?

Mário Linhares disse...

Olá Sofia. Gostei muito da peça. Tinha um mix de vídeo e som muito bem conciliados. A Maria Eduarda não era tão infinitamente linda como o Eça a descreve, mas os actores eram óptimos! Deu para lembrar a primeira (e única) vez que li os Maias.

Olá Tiago. Sim, a ideia era essa. Só tinha ali azul, mas acho que tinha ficado melhor a vermelho...

Olá Zeta. Nós fazemos o desenho cego muitas vezes como exercício de aquecimento. Eles são óptimos alunos, estou muito contente com o trabalho deles, mas acho que estavam mais concentrados na peça porque, apesar de tudo, era no âmbito da disciplina de Português que ali estavam.
Gostaram dos meus desenhos, mas os alunos gostam (quase) sempre do trabalho dos professores de desenho...