Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Gregorio, Agosto 2008 challenge XXVIII

Era de Guiné-Bissau e era um artista com a madeira, o melhor e unico ebanista de Nouakchott. Para mim fazia somente as molduras dos meus trabalhos.
 Foi a primeira vez que acompanhei um doente terminal. Recebi a noticia da sua morte com alivio, uma das manhãs que vinha substituir a sua mulher no quarto do hospital, finalmente ele podia descansar.
Já me esqueci do que pensei durante esses dias embora a vontade de o salvar fosse o pensamento mais forte ao contrario dos que me rodeavam que punham tudo nas mãos de Deus, está escrito.

11 comentários:

hfm disse...

Bela homenagem, Isabel.

tacci disse...

E belo desenho.

Erica disse...

Concordo com os dois!

Galeota disse...

Condição Humana

Uma grave e miserável incidência./Perco-me na vida/a ver vidros partidos na calçada./Há, no entanto, um momento/em que o sol reflecte vidros/estilhaçados no espírito./Um passo andado e medito/ nas colinas amadas que adormecem/só de lentamente as levantar./Há caminhos abertos. Sigo-os/iluminado.Procuro/chegar.

Ruy Cinatti, O Tédio Recompensado(1968)

Mário Linhares disse...

Bonito registo. Desde as aguadas, às linhas e ao tema.
Obrigado pela partilha!

PeF disse...

Muito bom registo mesmo - impressionante, bem captado, à altura da situação.

Anónimo disse...

Caramba, essa textura da parede... é 'qualquer' coisa que arrepia (:

Isabel disse...

Arrepiado era o Hospital em si e a relação médico/paciente, enfermeiro/paciente.
De ficar a desejar nunca ser considerado pelos outros como algo sub humano seja pela cor da pele, da crença ou do mal que nos aflige.

Luís Ançã disse...

Uma grande carga dramática. Excelente trabalho.

zeta disse...

Pntura muito expressiva.

Rosário disse...

Obrigada Isabel!