Como nem sempre se consegue lugar, durante a vigília em São José, fui mais cedo para poder calmamente registar o momento. Levei pouca tralha comigo, ao contrário do que faço habitualmente. Sentei-me e o desenho surgiu calmamente, camada sobre camada. Agrada-me mais o original do que a sua reprodução. As cores, não sendo fidedignas, transmitem o ambiente e espírito do local.
Tenho pensado nos registos que tenho vindo a realizar ao longo dos anos, reportando as festas do SSSCristo dos Milagres. Apesar de compreender o impacto da presença da imagem, recordo-me de em tempos de pandemia, com a imagem trancada no convento e inacessível ao comum dos mortais, as manifestações populares foram surgindo com uma essência e beleza inigualáveis. À porta do convento, sem hierarquias ou exigências de ordem maior, eram depositadas as mais diversas manifestações de interioridade e em silêncio… as pessoas iam-se alternando com civismo e devoção. Não tenho saudades daquela altura, mas gosto de pensar que aquele “vazio sonoro” era encantado, cheio de luz e de cor.
3 comentários:
Obrigada pelo texto e pelo desenho! Aqui também importante para toda a história dos USKP .
Obrigada Rosário,
abraço.
tão bonito!!
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