Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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sábado, 16 de maio de 2020

Contrastes



Nesta altura todos compreendemos que nos é pedido um esforço global que destoa com tudo o que tenhamos, até aqui, vivido. A atualidade remete-nos para o isolamento e para a interioridade como se não fossemos animais reflexivos ou instrospetivos. Somos pessoas, somos mamiferos e é da nossa natureza manifestarmo-nos nem que seja em silêncio. Contrastando com os anos anteriores, o dia de hoje no Campo de São Francisco encharca-se de solidão, deixando apenas no silêncio o mote da partilha. Enquanto os carros vão passando lentamente ao redor da praça algumas pessoas aparecem como «salpicos» de cor numa tela por pintar, estabelecendo entre si uma cumplicidade comovente, muitas depositam as suas preces, flores ou velas à porta da Igreja com sentir de Esperança e afastam-se sabiamente.


4 comentários:

José Louro disse...

Adorei!!!

Teresa Ruivo disse...

Caramba! Que lindos!

L.Frasco disse...

Excelente reportagem! E desenhos lindíssimos.
Até com notas das cores como o Mário Linhares desafiou. Ainda vais pintar?

Alexandra Baptista disse...

Não pintarei Luís, são assim.