Em Porkkala, há trilhos que vão dar ao mar. E depois de um almoço ao ar livre, nada melhor que saltar de pedra em pedra, praia após praia. São enseadas sem fim, onde a linha do horizonte é quase sempre interrompida por ilhas de floresta. A aspereza do granito, e até a temperatura gélida, são facilmente esquecidas nesta paisagem tão agradável.
A Finlândia parece ser isso mesmo: um maciço de granito, que até há 10 000 anos estava coberto de glaciares. A erosão do gelo, que entretanto desapareceu, escavou as depressões que a água hoje cobre. São quase 190 000 lagos e praticamente o mesmo número de ilhas que a população pode usufruir livremente.
O impacto do Homem nota-se até nesta paisagem aparentemente natural: as poças junto à rebentação das ondas estão turvas. Há algas que apodrecem mesmo nesta temperatura escassamente positiva: é o mar Báltico que está doente. Espero que, no futuro, outras gerações possam ver esta água límpida outra vez!
2 comentários:
Gosto muito da dimensão da natureza nestes desenhos, que quase minimiza, e com razão, a das pessoas.
É de facto uma escala imponente, porque as ilhas preenchem o mar quase até ao horizonte. Mas cada ilha parece ser pequena, cabe lá uma casa se tanto, e umas árvores que lembram bonsais.
Tomás Reis
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