Menu superior
- Início
- Sobre os USkP
- Junta-te aos USkP
- Agenda dos Sketchers
- Iniciativas
- Sketchers no mundo
- Contactos
Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.
John Ruskin, intelectual inglês do século XIX
Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.
Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
20 comentários:
Belissimos
...que grande reportagem...
Parabéns
...que grande reportagem...
Parabéns
Se estão a especializar-se na estética do horror, gostaria de ver sketches de acidentes de viação, urgências de hospitais ou velórios - não se esqueçam de pedir para manterem o caixão aberto para explorar melhor todas as expressões.
Fico a aguardar.
Que coisa horrível. Falar em "dia produtivo" com uma tão grotesca acção é um pouco... macabro? Demente?
Com tanto disponivel para desenhar, escolher um mau gosto destes...
Parece imitação barata de Milo Manara ou Hugo Pratt!!
Fraquinho, "Paramales"
Este "artista" até poderá ter jeito para o desenho ... já quanto à ética "é uma cena que a ele não lhe assiste".
Sugestão para próxima paragem: o seio de uma comunidade que, reflectindo uma tradição ancestral predominante em alguns povos, pratique a excisão feminina!
Mas à que escolher bem o dia, apesar do convívio ser certamente animado, é importante garantir a produtividade do trabalho!
Isto é profundamente lamentável numa sociedade que se auto-intitula civilizada, mas que intencionalmente exclui os animais não humanos da esfera ética, e sempre à laia da "tradição".
Gostaria que este artista repensasse os seus valores éticos. Apesar de, dado o "gozo" que aparenta ter tido, eu desconfiar que será mais fácil ir assistir a uma terceira matança (se assim for tente desenhar os gritos de dor do ser senciente que está a ser covardemente esquartejado).
De uma forma ou de outra ele, o artista, terá certamente mais uma oportunidade para isso.
Já o animal cuja cruel morte lhe proporcionou um "convívio animado" ......
Lamentável que ponham o talento ao serviço da brutalidade.
A arte deve inspirar, e mesmo não sendo necessariamente através da beleza, não vislumbro o que prende transmitir através dum ritual de morte e de desrespeito por um animal senciente brutalmente assassinado.
A arte ao serviço da morte é como um médico ao serviço da tortura: falha os seus objectivos.
Sigo diariamente o Urban Sketchers Portugal, mas nunca esperei ver desenhada a matança de um porco. Diz o autor que "este ano o tempo era bastante menos agradável do que no ano passado, o que não impediu, ainda assim, que esta sessão de desenho fosse produtiva e o convívio animado, como sempre."
Gostava de dizer que as urgências de um grande Hospital ou até um velório com caixão aberto são também sítios propícios a sessões de desenho produtivas e com convívio animado. Fica a sugestão...
Os desenhos são bons, e sei que não os comemos vivos (aos bichos),mas era incapaz de assistir, acho demasiado agressivo, no minimo...
Aconselho os comentadores a um olhar mais atendo à história da arte (da civilização a que pertencem).
Está cheia de pinturas, desenhos e esculturas em que a morte (de seres humanos), as cenas de caça, o macabro, a guerra, a doença e os hospitais são o tema dominante.
A "matança" de um porco, criado com as melhores condições dos campos alentejanos, tendo como fim a alimentação dos presentes, parece-me coisa pouca para tantos comentários incorrectos, imprecisos e insultuosos para com todos os presentes no evento.
O desenho é igualmente o registo de uma cultura.
Caros comentadores,
Gostaria desde já de dizer, em defesa dA artistA (e não do artista, embora esta designação possa ter sido dirigida a todos os desenhadores que participaram no evento), que tenho, e sempre tive, um enorme respeito pelos direitos dos animais. É por isso que sou totalmente a favor da criação e matança familiar (poder-se-á dizer até "biológica") de animais, em conttraponto à produção industrial de carne em matadouros indistriais, nos quais os animais são tratados, não como seres vivos, mas como bens transaccionáveis, sem quaisquer contemplações de sensibilidade ou ética.
Além disso, uma matança do porco, neste contexto, não é apenas algo que glorifica matar um animal (cujo sofrimento é, aliás, atenuado por mãos experientes), mas sim um acto de cultura, comunidade, amizade, entreajuda e convívio.
De resto, o papel da arte sempre foi, a meu ver, o de registar a vida, na totalidade dos seus aspectos: a morte, a vida, o sofrimento e a felicidade. O artista observa, regista e transmite a vida e a Natureza sem censuras, tendo muitas vezes até que impressionar e provocar os seus interlocutores para melhor transmitir certo tipo de mensagens.
Cresci numa cidade pequena do interior, e tive sempre, por isso, muito contacto directo com a ruralidade e os animais. A Natureza não é cor-de-rosa, nem "verde", não a podemos tratar com ingenuidade e idealismo. O Homem tentou sempre, ao longo da História, dominá-la e domesticá-la, e esse processo n€ão me agrada plenamente. Também tenho muitos limites éticos. No entanto, tentar inverter essa situação na sua totalidade, para uma hipotética "tabula rasa" é, não só impossível, como utópico e fundamentalista. E isso embota a nossa visão da vida, da arte, da ética, e mesmo dos direitos dos animais.
Alexandra Belo
Nestes desenhos cabem todas as ricas experiências do dia. Parabéns!
Dos desenhos já falei noutro local mas não quero deixar passar em claro o belo texto que aqui foi escrito em resposta a pessoas que apenas atacam à toa. Concluo dizendo - gostaria de o ter escrito.
"tenho, e sempre tive, um enorme respeito pelos direitos dos animais. É por isso que sou totalmente a favor da criação e matança familiar"
"Tenho, sempre tive, um enorme respeito pelas mulheres. É por isso que acho que elas devem ser cuidadas e orientadas por um marido." Aliás é curioso, que as opiniões mais preconceituosas e discriminatórias sejam geralmente antecedidas por uma expressão que pretende requalificá-las. Quando ouvimos alguém dizer "Eu não sou racista mas...", já adivinhamos o que aí vem.
A morte e o horror quando são tratados pela arte é por essa sua dimensão e não pelo convívio que proporcionam aos participantes.
Dito isto, não é minha intenção agredir, mas tão só confrontar-nos com as incoerências que nos provoca um sistema de crenças que, por ser dominante, se tornou invisível.
Se em vez de um porco, se organizasse uma festa em torno da matança de um cão Serra da Estrela (ou qualquer outra estirpe canina, é indiferente para o caso), gostaria de saber o que diriam os convivas que partilharam este ato de "cultura, comunidade, amizade, entreajuda e convívio."
A esta crença invisível porque muito enraizada chama-se "carnismo". Estamos sempre a tempo de rever as tradições e os preconceitos.
Boa tarde a todos
O projecto Urban sketchers pretende incentivar o desenho no local, feito a partir de observação directa, mostrando o contexto envolvente.
Pretendemos que todos sintam vontade de partilhar o seu trabalho e, por isso mesmo, não fazemos qualquer censura à qualidade dos desenhos. Pedimos apenas que sejam feitos em cadernos e sempre a partir da realidade.
Agradecemos que os comentários continuem centrados nos desenhos. Percebemos que este tema possa ser sensível, mas este blogue não é, certamente, o local adequado para discutir esta problemática.
Espero que compreendam e respeitem esta intervenção.
Ética, antes da estética. Sempre!
É suposto pensar-se que os tempos do 'vale tudo' eram coisa do passado, mas, pelo que aqui se vê, continuam bem enraizados na memória colectiva de um certo número de pessoas que ficaram para trás no processo da evolução das espécies.
A lógica que está subjacente a esta publicação — mais horrível ainda do que o desenho, é o texto que o acompanha—, é a mesma que me permitiria a mim, adepto do urban sketching, publicar e comentar, no mesmo tom de gozo, a violação e o esquartejamento duma possível filha da artista por um grupo de facínoras num qualquer lugar público deste país.
Se são incapazes de perceber isso, é porque são capazes de fazer o que quer que seja!
O conteúdo disparatado de alguns dos comentários aqui feitos, personalizados e totalmente inaceitáveis, trouxeram para o nosso blog um registo que ninguém aprecia nem deseja.
Se os desenhos publicados incomodam alguns de nos (nao e o meu caso, mas isso pouco importa) pois que sejam apagados. Desaparecem os desenhos, mas principalmente os comentários, absolutamente intoleráveis!
A autora dos desenhos, que merece a minha admiracao, não merece seguramente a continuação deste disparate.
Enviar um comentário