Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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domingo, 20 de setembro de 2020

Arte e verticalidade, de 2015 ao desafio de agora



Foi em 2015 esta Oficina dada pela Rosário Félix na Casa-Museu Vieira da Silva, e o desenho ficou guardado no caderno. Ao pensar no tema verticalidade lembrei-me dele. 
A proposta incluía colagem em complemento ao desenho. Gostei muito desta Oficina, pela liberdade que nos proporcionou.

Tal como um cavalete se lança para o alto, também um artista tem de ter e manter a sua verticalidade.
Aqui a linha parte da cabeça de Vieira da Silva para o alto ao encontro da inspiração, mas também parte do cavalete para a raiz, que aqui é ela, a pintora, e a sua forma de estar.
Penso em Helena Vieira da Silva como alguém que estava à procura de uma raiz, uma raiz em si e uma raiz no mundo.
E assim permaneceu a sua casa, um lugar onde durante anos fomos colher folhas cheias de desenhos, de onde nasceram frutos que ainda agora saboreamos, e sempre vamos ali, junto àquele belo jardim onde viveu, encontrar alguma raiz da sua, e da nossa, simplicidade.
Grata ao Eduardo Salavisa pela iniciativa e acompanhamento que deu a estas oficinas e à Casa-Museu pela receptividade e acolhimento. Estes foram dias de grande beleza.

4 comentários:

Rosário disse...

Gosto muito! Obrigada por recordares com estas páginas, que se enquadram tão bem no desafio deste mês.

Eduardo Salavisa disse...

Foram realmente umas bonitas jornadas na Casa-Atelier Vieira da Silva.

Lurdes Boavida disse...

A verticalidade do artista,um lugar geométrico sem fio de prumo.
Mas que existe,existe!
Bonita alegoria.

Alexandra Baptista disse...

Que oportuno, acho muito imteressante esta alegoria.