Este desenho foi feito durante um exercício dado pela Roísín Curé num dos dias do workshop "Expressing the West", em Galway, em Agosto passado, e foi o resultado de uma séria de incidentes que acabaram por ter grande significado para mim.
A caneta de aparo começou por funcionar com muita dificuldade, pois a tinta não fluía. E só depois de desenhar percebi que a tinta não era à prova de água, e que a aguarela iria dissolver o desenho, pelo que optei por só aguar as formas mais distantes... o maravilhoso do momento é que todos os incidentes me iam fazendo sentir cada vez melhor, pois o prazer de desenhar estava lá inteiro, e sem qualquer impedimento.
Deixei de pensar em cumprir o exercício para viver o momento de desenhar.
Quando finalmente desenhei o barco azul já tinha feito o caminho até me sentir novamente uma criança a desenhar, e adorei que ele saísse assim com um toque mais infantil, destoando da minúcia do resto do desenho, mas compondo em plena harmonia o sentimento do meu coração.
2 comentários:
gosto da leveza do desenho que nos convida a preenche-lo com a nossa imaginação
Esse espaço de liberdade é o que me guia... fico feliz em saber que o sentiste.
Grata pelo teu comentário, Ana. Deu-me a mim também um sentido maior sobre o que faço.
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