Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Viagem à Polónia #4 Edifícios de Varsóvia




Edifícios são talvez o objecto de desenho que menos me agrada, o que choca com a minha formação de base como arquitecto. Mas uma das regras tácitas que tenho para mim é: desenha aquilo que te aborrece até não te aborrecer mais! O infame Palácio da Cultura e da Ciência foi um antagonista à altura. São 237 metros de nemesis de betão que me agradaram tanto desenhar como agrada às gentes de Varsóvia. Tentei tornar o resultado um pouco mais interessante imprimindo duas camadas distintas – a forma e o ritmo da arquitectura em linha e a sua verdadeira escala em mancha. Por vezes as experiências não resultam como queremos e o diário gráfico é nisso um mestre severo – obriga-nos a carregar os nossos próprios erros. Especialmente os cadernos sem argolas.



Quando se trata de desenhar edifícios, prefiro interpretar a apropriação que as pessoas fazem deles, como no caso dos Pawilony – pré-fabricados de betão de desenho repetido que deram origem a um dos mais quentes locais da noite de Varsóvia. Costumo focar-me em detalhes, mas aqui, entre desenhar o interior extravagante de qualquer bar e o exterior regular do conjunto, optei pela imagem geral monótona. Mais um desafio cumprido!


4 comentários:

matilde disse...

Bem agradaveis...

Teresa Ruivo disse...

Fantásticos, como sempre, mas o desenho dos pré fabricados, está mesmo espantoso!!

Maria Celeste disse...

...mais uma bela reportagem...

Miú disse...

Monótonos? Nunca! Sempre cheios de interesse e encanto.