O encontro 53 prometia ser movimentado com uma visita ao moinho de maré de Corroios na parte da manhã, e uma volta pela fábrica de pólvora de Vale Milhaços à tarde.
De manhã chegámos um pouco mais cedo ao moinho e, como um Urban Skecther que se preze não tem tempos mortos, foi uma oportunidade para desenhar. Estava com vontade de desenhar o sapal onde está inserido o moinho, mas o nevoeiro estava denso e a vista não ia muito longe. Assim fiquei-me pelo moinho.
Já lá dentro, depois do enquadramento histórico do moinho e de uma explicação do seu funcionamento, tivemos liberdade para desenhar.
Para variar um pouco das vistas amplas decidi desenhar 1 dos tegões do moinho que agradaram a tanta gente. Realmente eram uma peça curiosa para se desenhar.
Não consegui ficar muito tempo dentro de portas, pelo que assim que terminei o desenho do tegão dirigi-me às traseiras do moinho para ver o que por ali se desenhava. Acabei por me focar na porta da caldeira do moinho, onde é armazenada a água da maré alta que o fará funcionar, que já me tinha despertado a atenção na altura da explicação.
O facto de estar sentado encostado à parede do moinho não me protegia do cheiro algo desagradável que de vez em quando aparecia, mas nada que a concentração no desenho não fizesse esquecer.
Entretanto o nevoeiro ia-se levantando lentamente e o sapal começou a desvendar-se. Antes da partida para o almoço houve ainda tempo para o desenhar e satisfazer a vontade que já me pressionava há umas horas.
Já depois do almoço foi a vez da visita à fábrica da pólvora de Vale Milhaços. Fiquei pasmado com a dimensão das instalações e poucas coisas me apelam tanto como áreas industriais semi-degradadas. Parte do equipamento da fábrica está em funcionamento, mas a maior parte do edificado já está a pedir uma reabilitação.
Enquanto ouvia a explicação acerca da fábrica saquei o caderno pequenino o desenhei o edifício que estava à minha frente.
Entretanto fomos ver a máquina a vapor a funcionar (o ex-libris da fábrica) e teria sido um mimo desenhá-la, mas estava mesmo com muita vontade de deambular pela área exterior e visitar todos os cantinhos, por isso em vez de me perder nos pormenores dos pistons, parafusos e manivelas na máquina desci rapidamente as escadas do edifício principal e pus-me a caminho.
Acabei por me focar no inicio dos carris, onde estava o que resta da vagonete que servia para transporte de material entre vários dos edifícios e cujas rodas já há muito foram levadas por quem não devia.
Depois fui seguindo pelos carris e e aproveitei para visitar os edifícios e subindo as escadas que me iam aparecendo, que davam acesso às grandes roldanas (não sei se é este o nome que lhes dão) que giravam pela força da máquina a vapor, que por sua vez faziam funcionar o equipamento no interior de cada edifício.
Durante o percurso pelos carris tinha ficado de olho num cenário ao qual voltei posteriormente para o último desenho do dia.
A fábrica é realmente um local fantástico, onde facilmente encheria um caderno se o tempo me desse oportunidade.







10 comentários:
Uma reportagem completa onde os olhos se deleitaram.
Gosto especialmente do desenho com a chaminé, os diferentes planos, as cores, muito bom.
Super produção!
Excelente post.
...grande produção...
...muito muito bom...
Uma reportagem que resume muito bem o dia bem passado. A fábrica pedia mais uns registos e mais tempo. Gosto imenso dos detalhes no desenhos.
Uau, que reportagem fantástica, bem bonitos, fiquei com vontade de conhecer :)
Boa reportagem e bons desenhos Filipe! Parabéns!
Muito bonitos!
Gosto muito de TODOS!! Parabéns!!
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