Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Museu dos Bonecos #Quarentenadesenhada weboficina10


Museu dos Bonecos

Escolher um museu das minhas coisas de casa...tanto para escolher, tanto objeto que trás recordações.
Veio-me à memória a minha coleção de bonecas, que permanece guardada pois nem filhas nem neta (ainda) brincaram com elas... e daí até ao “Museu dos Bonecos” foi um instante.

Queria começar por desenhar no Museu o boneco a destacar: um que fosse intemporal (Boneco de sempre): elegi o “Bébé Chorão” que já vai na terceira geração com poucas mudanças (talvez a inovação tivesse sido nos acessórios, nas roupas, nas cores de pele) mas que continua a ser de sucesso garantido (especialmente e ainda para meninas...).

Encontrei assim o cabeçalho onde incluir o nome do meu museu: a almofada cor-de-rosa onde encostei o bébé chorão!

Depois lembrei-me dos “bonecos de brilhantes” que coleccionávamos na Escola Primária nos anos 50, quando olhei para uma peça de porcelana que trouxe da Baviera por ser igual a um desses bonecos de brilhantes que adorava...e desenhei.

Entao comecei a viajar e apanhei as Matrioskas escondidas num armário do escritório e desenhei-as (pintar foi mais difícil pois o detalhe dos desenhos é grande). Essas não são bonecas de hoje pois estamos de quarentena, mas sê-lo-ão de um amanhã.

No mesmo armário e bem à vista apanhei as minhas bonecas preferidas que o meu pai me tinha trazido da América no inicio dos anos 60. Eram maravilhosas pois abriam e fechavam os olhos e andavam, virando a cabeça de um lado par o outro. Uma era a menina da cidade e era loira, a outra a menina do campo, que era morena (escusado será dizer que eu gostava era da loura :-)).

Havia ainda espaço no meu museu. Assim, e para terminar, escolhi uma peça de uma beleza intemporal - um trompetista talhado em madeira, que habita no meu móvel da sala, um “boneco” de sempre.

Espero que gostem... e obrigada Paulo, pelo desafio!

9 comentários:

Fernanda Lamelas disse...

Que giro!!

Ana Jacome disse...

muito lindo o desenho e a historia!

Paulo J. Mendes disse...

Mais uma belíssima colecção. Eu é que agradeço por um resultado tão bonito!

Ana Carvalho disse...

É sempre comovedor voltar atrás nas memórias, sobretudo àquelas que nos deixam um sorriso na face e na alma... o que visivelmente aconteceu com este desafio de boneca/os, de cores vivas e alegres! Belíssimo!

Manuela Rosa disse...

Que bonita recolha e museu especial, cheio de memórias felizes!

Zita disse...


Gostei muito!
Também a mim essa colecção de bonecas - aliás outra, parecida e exactamente da mesma idade (!)- traz boas recordações...

Sugestão:
passar aos jogos com os quais brincávamos. De tabuleiro, todos ou quase. És capaz de ainda ter alguns, ou memórias deles.
Ou às loiças aí de casa.
A quarentena é também uma oportunidade. Forçada, mas uma oportunidade!

Leonor Janeiro disse...

Giríssimo

Ana Resende disse...

Com esta quarentena forçada temos tempo para as recordações. De preferência, as felizes. E este teu trabalho fala de recordações felizes!!!

Ana Resende

USkP Convidado disse...

Tão bom, obrigada pelos vossos comentários :-)

Fefa