Da minha janela

Ontem começou a chover enquanto o sol brilhava. Corri para a janela virada para o lado oposto ao sol à procura de um arco-íris, mas ele não se mostrou logo. Fiquei atenta e ele foi depois aparecendo, primeiro só do lado esquerdo, crescendo aos poucos, até finalmente se mostrar em todo o seu arco e esplendor de cores que vão mudando em intensidade e gradações de tom.
É um momento mágico, que toca na alma.
No desenho, quis deixar o arco-íris a desvanecer-se no cinzento, naquela sua fragilidade inicial, mas o entusiasmo com as cores levou-me por ali adiante conforme ele ia também aparecendo, e fiquei depois feliz pela força que tem.
O arco-íris evoca a ideia de esperança por acontecer num momento entre chuva e sol.
A fé e a esperança, sempre essenciais, tornaram-se agora num alimento mais consciente, que a partilha ajuda não apenas a manter, mas a renovar, a redescobrir.
A Natureza diz-nos que amemos a chuva tal como amamos o sol, e ao que na nossa vida representa a aliança entre os dois. É apenas quando eles se unem que nos é dado a ver de forma tão envolvente toda a paleta de cores que torna o nosso mundo tão belo.