Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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segunda-feira, 1 de abril de 2019

Gente que fica na retina

Basta andar um pouco atento para perceber que diariamente passam ao nosso redor personagens que autenticamente superam muitas criadas pela ficção. Aqui ficam dois exemplos que me impactaram.

Estava eu encostado ao carro quando passa por mim este ciclista suis generis. Alternava um estilo meio desengonçado de gafanhoto com uma ligeireza tal que parecia ter já percorrido toda a cidade sem qualquer esforço (Castelo Branco)

Ainda meio ensonado, esperava eu o 767 para me levar para o trabalho, quando dou por mim hipnotizado pelo olhar severo deste velhote. O seu passo era vagaroso mas o olhar era de tal forma determinado que de repente tudo à volta, pessoas, trânsito, pássaros, como que num acto de obediência, pareceu lentificar.
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3 comentários:

Rosário disse...

Que bonito e bem apanhados!

Miú disse...

Adoro o teu gafanhoto e o teu velho rezingão. Que maravilhosas ilustrações para um livro dariam!

Eduardo Salavisa disse...

A realidade e a ficção misturam-se.