Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Simpósio USk Manchester 2016_ Dia 3 (parte 2)

Na parte da tarde do último dia do Simpósio, ainda houve tempo para as últimas demos, actividades e palestras. Como fiquei verdadeiramente impressionado com o que vi na sua exposição, optei por ir ouvir a Lynne Chapman apresentar o que esteve por trás dos inúmeros "leporellos" expostos. Tratou-se de uma "residência" no Morgan Centre for Research into Everyday Lives, onde durante um ano registou tudo, mas mesmo tudo, o que a sua curiosidade lhe ditava, dos colaboradores aos espaços e projectos daquela entidade.


A meio da tarde, enquanto não começava a cerimónia final do simpósio, todos convergiram para o parque de All Saints, vizinho à sede do simpósio. Foi o momento da foto final, de difícil concretização na tentativa de enquadrar os quase 500 participantes, mas que a boa disposição geral deu lugar a momentos bem divertidos.

(foto oficial do simpósio)

No meio de tantos, não foi fácil reunir todos os portugueses num grupo só, mas ficou o filho da Sofia Gomes, o Duarte, mesmo à frente à direita do R em jeito de representação dos "tugas" presentes. Depois, para atenuar a sensação de despedida, multiplicaram-se as fotos com amigos de sempre, novos amigos e sempre com uma alegria imensa. 
Mais uma vez a confusão geral não permitiu juntar todo o contingente português numa foto, que aqui ficam para memória futura: Nelson Paciência, Vicente Sardinha, Pedro Loureiro, Fernanda Lamelas, Luís Araújo, Sofia Gomes e Duarte, Mário Linhares, Ketta Linhares e Matias, Rosário Félix, Maria Celeste, Helena Monteiro, Maria José, Tuba Fromtuba, Nuno Pais e Patrícia Assunção. Ah, e eu!

Na cerimónia final, já no interior do Edifício Benzie, entre conversas de despedida e confusão geral, não me foi fácil parar para registar em desenho toda a actividade. 
Iniciou-se com o habitual leilão (silent auction) dos desenhos oferecidos pelos sketchers, cujas ofertas revertem para apoiar as iniciativas da organização internacional dos Urban Sketchers. Um cortejo imenso de sketchers percorre em fila indiana as mesas onde os desenhos estão pousados, licitando num papel a sua proposta. 20 , 30 , 50 , 80 £, os valores sobem quando os sketchers são mais conhecidos, mas trata-se da oportunidade de levar para casa um original de quem admiramos.
Seguiu-se uma demorada atribuição do resultados das rifas previamente vendidas, distribuindo materiais de desenho dos patrocinadores do simpósio. Mas o ponto alto foi guardado para o fim: o local do próximo simpósio - Chicago!! - e o efusivo aplauso geral pareceu confirmar a aprovação de todos.


Terminadas as despedidas - "See you next year in Chicago" - lá rumámos para o último jantar no nosso restaurante das ultimas 3 noites, um indiano cheio de iguarias deliciosas, que parecia uma extensão do simpósio tal a quantidade de sketchers presentes. Com a boa disposição reinante, resolvi arriscar a caricatura, embora a folha não tenha chegado para o Vicente e os restantes comensais da nossa mesa.


O pós-simpósio foi de descompressão. No domingo, em vez de acompanharmos algum dos vários grupos de sketchers que iam desenhar por aí, decidimos ir espreitar o festival "Comic Con", um evento ligado aos comics americanos, aos manga e outros meios de entretenimento, onde os fãs (novos, velhos, famílias inteiras) envergam réplicas perfeitas dos seus personagens favoritos ,enquanto se deixam tentar pelas bancas repletas de todo o tipo de mershandising.

A seguir ao almoço, e antes da ida para o aeroporto, ainda houve tempo do último desenho. De Manchester mas também do caderno Laloran que estreei para o Simpósio e que assim ficou totalmente dedicado ao registo desta incrível experiência.


(Nota de rodapé - o devido pedido de desculpas deste vosso correspondente, pela demora na publicação da cobertura do simpósio; vicissitudes várias, cá e lá, atrapalharam e, entre fazê-lo a despachar  ou em condições, optei pela última)

7 comentários:

Alexandra Baptista disse...

e obrigada, antes tarde...

Rosário disse...

Além dos desenhos lindíssimos também escreves muito bem! Obrigada pela reportagem!
Não percebi que estavam tantos portugueses!!!! Também tive dificuldade em acompanhar os grupos de sketchers que iam desenhar, nunca percebia quem dirigia e para onde ia e não sei onde estava essa informação! Mas gostei bastante!

Henrique Vogado disse...

E termina uma grande reportagem do evento. Não imaginei que estiveram 18 portugueses em Manchester. Deve ser dificil contactar com tantas pessoas e ainda mais num ambiente cheio de incentivos ao desenho. E imagino o ambiente um pouco como a Rosário diz.

Foi mesmo um grande simposio - acompanhei tudo por aqui. Obrigado. Abraço!

nelson paciencia disse...

Grande Luís! Parabéns pela reportagem e pelo trabalho extraordinário em Manchester.

Maria Celeste disse...

...belo trabalho,Luis...
...muitos parabéns...

Pedro Loureiro disse...

Extraordinária reportagem e extraordinário companheiro de viagem! Obrigado!

Pedro Ribeiro disse...

... mas veio muito a tempo!
Parabéns Luís, excelente trabalho e reportagem!