Começou o Vicente Sardinha com a sua actividade "The Manchester Journey", que propôs aos participantes registar num "leporello" (ou caderno em concertina) os vários momentos de um dia, ou de um percurso ou de uma viagem, etc. Os exemplos dele que levou fizeram aquele sucesso!
Como se percebe, não era uma actividade que se esgotava nas 2 horas de duração previstas, mas antes desafiava os sketchers a preencher o caderno depois de terminar a sessão. Para motivar todos, o Vicente propôs voltarem a encontrarem-se no final do dia seguinte para conferirem os resultados.
Posso afiançar, pelos testemunhos que fui vendo na net, que foi verdadeiramente marcante e mesmo revelador para muitos.
Saí a meio da actividade do Vicente, ainda a tempo de assistir a metade da do Mark Leibowitz, a decorrer ao mesmo tempo, e onde se reflectia sobre os problemas que se colocam às estruturas que gerem grupos de sketchers em cada país. O Mark convidou o Mário Linhares para contribuir com o testemunho do caso português, que é talvez o único que se constituiu como associação. Foi curioso perceber como a dinâmica dos sketchers em Portugal é valorizada por grupos com um percurso mais simples, nomeadamente as nossas exposições, as relações com entidades públicas e privadas, a edição do livro, o envio de correspondentes aos simpósios, etc.
Às 16:30 começava a palestra do Nelson Paciência com o tema "Desenhos dentro de uma prisão".
Perante uma audiência bastante numerosa, o Nelson apresentou o resultado da sua iniciativa de voluntariado que, ao longo de 9 meses, o levou quinzenalmente à prisão de alta segurança de Monsanto. Partilhou connosco os detalhes deliciosos de como colocou a desenhar 3 prisioneiros com penas elevadas, num relato muito emotivo e verdadeiramente inspirador. Arrebatou todos!
Como se não bastasse, ao final da tarde o Vicente e o Nelson ainda dirigiram uma actividade "pub crawl" no "Peveril of the Peak", pub que foi ao longo do simpósio ponto de encontro de muitos sketchers após o fim da programação de cada dia.
A proposta deles pedia o desenho de detalhes do bar, o desenho dos clientes e o desenho duma cena geral. Desafiava ainda os participantes a "quebrar o gelo" e a interagir com os desenhados, registando as suas respostas e outros pormenores do ambiente (a música que se ouvia, o tempo lá fora, as conversas que se escutam, etc.).
Como fui espreitar a inauguração da exposição da Lynne Chapman "Unfolding Stories" e dos seus "concertina sketchbooks", acabei por chegar mais tarde e só fiz parte do pedido. Mas foi o suficiente para perceber como todos se divertiram imenso com as propostas do Nelson e do Vicente!
Foi um dia em cheio para a "tugalidade"! Parecia o dia de Portugal!




11 comentários:
Excelente trabalho Luís, os meus parabéns e obrigado!
Bela reportagem! Esperamos por mais.
Este foi de facto o dia em que eu e o Vicente nos "mandámos às feras", e felizmente com tão bons resultados. E este é, ainda sem saber o que virá mais, o teu post mais estupendo de todos os que já fizeste, obrigado e parabéns!
R viva os portugueses em Manchester, tu incluído, claro! Andaste a correr para apanhar os nossos a brilhar! PARABÉNS pelo magnifico trabalho, incansável, brilhante!
Excelente esta visita guiada
Inesquecível...Portugal a candidatar-se a ser referência!
...que excelente reportagem...
...senti orgulho de ser portuguesa...
Fantástico trabalho Luis! Que orgulho.
Estou desejosa de ver mais!
Celeste Vaz Ferreira
Deve ser muito interessante...
muito bem, os desenhos belíssimos e a reportagem a acompanhar... só tenho de agradecer pq a síntese parece-me perfeita.
Ganda Luís! Isto assim fica completíssimo! O dia tuga ficou perfeitamente imortalizado! Os tugas fizeram mesmo sucesso.
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