Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Estação de Atocha

Enquanto a família se perdia nos alfarrabistas pela Encosta de Moyano acima eu fiquei cá em baixo a desenhar esta pérola de vidro e aço.
Ao desenhar a estação não pude evitar de lembrar-me dos atentados que ali ocorreram a 11 de Março de 2004, reivindicados pela Al-Qaeda. E pensei que não conseguia entender como pode alguém matar um ser semelhante (um filho, pai, mãe, irmão, amigo, mentor...) em nome de uma religião. E pensei como pode alguém julgar o outro pela sua religião só porque houve outro que errou. E pensei que nada disto tinha a ver com religião, pois a religião é feita por crentes e nenhum crente de nenhuma religião pode acreditar que a morte e a dor pode trazer alguma coisa de boa. E pensei que deviam deixar de chamar religião à política. E pensei muito mais. E pensei que, por me fazer pensar nisto tudo, este desenho, apesar de tosco, é um bom desenho.

2 comentários:

Maria Celeste disse...

...uma memória recorrente...
...e as letras desenhadas chamam a memória...

Rosário disse...

Gosto do contraste!