Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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quarta-feira, 22 de junho de 2016

Represa - Castelo Branco

Peguei numa cadeira desdobrável e lá a pousei bem o meio do pomar dos meus sogros.
Sem saber bem porquê, lancei mãos a um conjunto de12 canetas de côr que comprei há uns tempos no Lidl por 3 Euros. À medida que me lançava ao desenho, apercebi-me que me estava a meter numa embrulhada, o que quase sempre me acontece quando desenho cenários com muita vegetação e árvores. Tenho tendência para começar a tentar representar o detalhe em lugar de procurar definir texturas que sugiram a vegetação. Enfim, fui ficando frustrado e a pobre da árvore já apanhou este comboio da frustração completamente desgovernado.
Ainda por cima a Nini tem a mania de gostar do que desenho e quando apareceu e viu o que estava a fazer torceu o nariz. Pumbas, estava confirmada a desgraça. Pensei "Que se lixe", vou lançar para aqui umas aguarelas. Ainda por cima a tinta das canetas era solúvel e portanto era mais uma operação de disfarce do que outra coisa... o desenho é assim, um conjunto de decisões, por vezes nada reflectidas e por vezes sucedem-se fora do nosso controlo, sobretudo quando tenho a sensação que apenas as estou a tomar para tentar disfarçar "erros". Enfim, no final sempre aprendo mais um pouco.


4 comentários:

nelson paciencia disse...

E pelo meio do desnorte saiu um desenho cheio de energia. E conseguiste meter umas labaredas naquele mato atrás da cerca de rede. Vê lá bem se aquilo não parece que estava aarder?

João Santos disse...

Se naquela altura o mato tivésse a arder, com a frustração, acho que tinha atirado para lá o caderno!

Vicente disse...

Os erros são para ti. O que nós vemos é um desenho belíssimo cheio de soluções bem conseguidas. Adoro a árvore e toda a parte inferior do desenho.

Maria Celeste disse...

...que desenho tão vivo e cheio de cor...
...desta vez a Nini nāo tem razāo...