Oito horas dedicadas aos desenhos, uma espécie de horário de trabalho mas em bom.
Este Sábado começou na Fundação Vieira da Silva, para a oficina do Eduardo Salavisa. Fazer uma história associada ao desenho, um exercício de memórias numa dupla página, também com coisas que não fossem desenháveis.
- "Quero que façam uma carta ilustrada", dizia-nos o Eduardo enquanto mostrava incríveis exemplos deste tipo de composição.
- " Fiz-vos um percurso, quero que desenhem lojas de rua".
Bebemos um café no quiosque das Amoreiras, antes de ir fazer o meu desenho na mercearia das Águas Livres. Sentado ao lado das bancas de fruta, e embebedado com aquele cheirinho fresco e sumarento, desenhei e escrevi, enquanto a Nathalia e a Miriam, que vieram de tão longe para estar este Sábado connosco, compravam pêssegos ao Sr. Albino.
Voltámos a almoçar na Tasca do Papagaio, mesmo em frente da Casa-Museu. Comemos sardinhas assadas, bebemos vinho tinto e repartimos duas sobremesas - mousse de chocolate e sericaia. Na rua, estava um calor quase insuportável.
Daí seguimos ao encontro do grupo da manhã, que andou a desenhar em Alfama. Ponto de encontro depois do almoço: Arco da Rua Augusta.
-" Escutem com atenção: agora vamos subir a Rua Augusta, viramos à esquerda no elevador de Santa Justa, depois Rua Garret, e encontramos-nos no Largo do Carmo. Toda a gente sabe onde é o Largo do Carmo?"
Belíssima organização do Pedro Loureiro, neste passeio a desenhar.
Fomos desenhar para os recém inaugurados Terraços do Carmo, um sítio esplêndido, a olhar para uma Lisboa de luz rara e encantadora. Quis fazer este desenho numa dupla página daquelas do meio, que desse para arrancar, que me apetecia oferecer este desenho de presente.
-" Só te ofereço um desenho se gostar dele", já desconfiado que alguma coisa podia correr mal.
As paredes ao meio não eram amarelas berrantes, como eu as pintei. Não gostei do desenho e não o rasguei do caderno.
- " Você ainda vai salvar esse desenho", dizia a Nathalia naquele português do Brasil meio cantado.
Talvez o tenha salvo, por pouco, mas já não foi a tempo de ser o teu presente.
Menu superior
- Início
- Sobre os USkP
- Junta-te aos USkP
- Agenda dos Sketchers
- Iniciativas
- Sketchers no mundo
- Contactos
Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.
John Ruskin, intelectual inglês do século XIX
Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.
Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio



16 comentários:
Desenhos fantásticos!
Magníficas história contadas e desenhadas!
Adoro os desenhos... e estes encontros fantásticos.
Foi um dia em cheio com uma boa resposta dos sketchers. Mais um óptimo 'spot' para desenhar.
Ouvi dizer que ontem não tinhas gostado dos teus desenhos...ok, ok...Que faria se gostasses!
Ouve-se cada coisa!...
Só mais duas coisas: Adoro a cara da Mª Celeste! E os teus Terraços do Carmo desarmam qualquer um...
Adorei o rasto das tuas 8 horas de trabalho.
...fiquei muito bem no retrato...
...e tão rápido e em direto...
...muito obrigada Nelson...
Vi o 1º desenho ao vivo, mas vou querer ver os outros, especialmente o do almoço que está incrível.
Rodrigo Briote
Nélson, tu andas a dizer que não gostas dos desenhos?! Estou a ver que tu e a Teresa além de fazer uns desenhos fantásticos também têm isso em comum! ;-)
Oito horas bem contadas e desenhadas. Gostei muito de ver o percurso e tenho mesmo de ir conhecer os terraços do Carmo.
Sempre deliciosas, as histórias dos desenhos!
Ainda bem que não recortaste a empena amarela no último desenho!
Foi uma bela junção de grupos! Ainda bem que assim aconteceu! E grandes registos de toda a cena!
Eh eh, gosto muito da empena amarela. É mesmo a charneira entre os volumes dum e doutro lado.
Gosto dos desenhos, empena amarela incluída.
Carlos Teixeira
Enviar um comentário