Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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segunda-feira, 15 de junho de 2015

Uma só palavra (Roma)



O encenador da peça Uma Só Palavra (Roma) e meu amigo convidou-me a assistir ao espectáculo final no Estoril. Pude assistir aos últimos preparativos do grupo, as correcções na luz, os últimos toques na dinâmica de algumas cenas, a colocação da mobília. Muitas coisas podem correr mal quando se tem vinte e tal actores de idades entre os dez e os cinquenta e tais no palco durante todo o espectáculo.


Apesar das condicionantes, ficou-se com a sensação de que tudo correu bem. O texto, escrito pela Joana Liberal, baseado em factos históricos, contava a história de Miguel de Sousa, um diplomata português destacado em Roma, durante as invasões francesas do início do séc. XIX, que resistiu à autoridade do governo Napoleónico e ganhou a afeição do povo romano no final.


As personagens eram tanto simbólicas (como a multidão romana resistindo aos gendarmes franceses) como absolutas - as criadas, o actor, a condessa, o padre, o papa, as freiras, o pai ávaro, o gendarme e até mesmo um soldado francês do Grande Armée à conversa com o seu imperador.

A peça começa com uma multidão - resistente às forças de ocupação - e acaba com outra multidão - as mesmas pessoas, desta vez rejubilando com a libertação e honrando as pessoas que, com eles, resistiram à ocupação de Roma. Uma peça com tanto texto e com tantos actores deverá ter sido um desafio para todos os envolvidos!


(publicado também em http://pedromacloureiro.com/)

4 comentários:

Rosário disse...

Fantástico desenhar neste sítio!

Suzana disse...

Muito giro :)

nelson paciencia disse...

Que inveja deste gajo...

Maria Celeste disse...

...bela reportagem...