O encenador da peça Uma Só Palavra (Roma) e meu amigo convidou-me a assistir ao espectáculo final no Estoril. Pude assistir aos últimos preparativos do grupo, as correcções na luz, os últimos toques na dinâmica de algumas cenas, a colocação da mobília. Muitas coisas podem correr mal quando se tem vinte e tal actores de idades entre os dez e os cinquenta e tais no palco durante todo o espectáculo.
Apesar das condicionantes, ficou-se com a sensação de que tudo correu bem. O texto, escrito pela Joana Liberal, baseado em factos históricos, contava a história de Miguel de Sousa, um diplomata português destacado em Roma, durante as invasões francesas do início do séc. XIX, que resistiu à autoridade do governo Napoleónico e ganhou a afeição do povo romano no final.
As personagens eram tanto simbólicas (como a multidão romana resistindo aos gendarmes franceses) como absolutas - as criadas, o actor, a condessa, o padre, o papa, as freiras, o pai ávaro, o gendarme e até mesmo um soldado francês do Grande Armée à conversa com o seu imperador.
A peça começa com uma multidão - resistente às forças de ocupação - e acaba com outra multidão - as mesmas pessoas, desta vez rejubilando com a libertação e honrando as pessoas que, com eles, resistiram à ocupação de Roma. Uma peça com tanto texto e com tantos actores deverá ter sido um desafio para todos os envolvidos!
(publicado também em http://pedromacloureiro.com/)





4 comentários:
Fantástico desenhar neste sítio!
Muito giro :)
Que inveja deste gajo...
...bela reportagem...
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