A Cova da Piedade já teve,entre o século XVIII e XX os seus tempos de pujança económica e até de lazer. Há ainda bastantes vestígios desse apogeu.
Primeiro tentei desenhar o palácio da família Gomes (em segundo plano à direita).Mas fiquei tão decepcionado com a morte lenta do imponente edifício que senti a necessidade de me distrair com um motivo mais feliz, que me aliviasse do desgosto de ver uma ruína tão chocante. Então lá consegui este ângulo onde o palácio ficava tapado pelo belo coreto do jardim e pela vegetação.
O encanto do coreto, neste jardim da Cova da Piedade, é reforçado pelos edifícios, que o envolvem, possibilitando-nos uma verdadeira viagem até ao período das Revoluções Liberais entre Absolutistas e Miguelistas.
Quanto ao palácio e chalet ficam para quando tiver mesmo disposição para os desenhar, porque merecem mesmo uma especial atenção.
As linhas delicadas do Palácio da família Gomes e a imponência romântica do Chalet Ribeiro Telles, um edifício inspirado na arquitectura do Norte da Europa do século XIX, são vestígios perenes de um tempo antigo, no qual a freguesia da Cova da Piedade era um destino frequente das famílias burguesas de Lisboa em busca da qualidade das praias do Caramujo e Alfeite.
1 comentário:
...encanto reforçado pelo texto...
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