Este ano foi muito especial nos jardins da Gulbenkian. Os Urban Sketchers estiveram presentes na celebração dos Equinócios e Solstícios, com uma oficina de manhã e um encontro pela tarde. Para mim a experiência de chegar a um mesmo jardim em dois destes momentos tão significativos do ano, recebendo diferentes propostas de desenho, e a ida ao final de um encontro, ajudou-me a que, para além de desenvolver novas linguagens e atitudes ao desenhar, me libertasse para compreender melhor a intenção com que trabalho.
Um jardim é um lugar muito rico, tem sido um dos meus temas de eleição, e como desenhadora há momentos em que quero passar toda a riqueza do sentir para o desenho sem ter uma clara intenção em termos gráficos, pois a componente sensorial e espiritual do assunto é tão intensa que parece que tudo o mais perde importância. É como se a Natureza tivesse a clara intenção de realizar algo através de nós, mas o que recebemos é tão forte que o que surge é uma linguagem da alma que se renova no sentir do momento.
Estas propostas das oficinas, como foi aqui a proposta da Margarida Aguiar e da Cláudia Mestre são excelentes para nos conduzir a colocarmo-nos logo de um determinado modo em relação ao espaço, e dar estrutura a esse lado mais sensível da visão da Natureza.
Aqui a proposta era trabalharmos em três planos, o perto e o longe com linha, a caneta, e o intermédio com mancha, que poderia ser aguarela.
Caneta preta e aguarela em diário gráfico.
4 comentários:
...uma abordagem da linha e da aguarela muito interessante ...
...e este desenho ficou bem bonito...
Transformaste uma moita de juncos em luz! gosto muito :D
Que bonito Isabel, gosto mesmo muito :)
O jardim é realmente inspirador! Lindos desenhos! Parabéns! Beijos grandes!!!
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