Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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sábado, 17 de dezembro de 2011

Évora

Imperdíveis, as arcadas do Giraldo. Serpenteando, prosseguem para além dos limites da praça.
Situam-se apenas do lado Nascente, oferecendo abrigo ao Sol da tarde provindo do lado oposto. Na chuva também dão jeito. O comércio e os transeuntes que o digam. Cada prédio contribui com as suas.
Gosto deste racionalismo irregular, já com barbas muito antes do Iluminismo. Ao que parece Lisboa também as tinha; mas vieram abaixo com o terramoto.
No início do século XX o antigo templo era um matadouro. Agora serve a outros alimentos. Muitas fotografias, alguns desenhos. Zé Louro em acção, quase sem olhar para o caderno.
Igreja de S. Vicente, hoje fora do culto e servindo a diversos propósitos.
Muito animados deveriam ter sido aqueles tempos em Évora no século XVI. Quem se lembraria de edificar uma igreja quadrada, com abóbadas em cruz, contra toda a tradição imediatamente anterior? Só mesmo quem acreditava nas virtudes dos tempos modernos que aí vinham, imagino.

3 comentários:

Pedro disse...

Tive pena de não ir.
Os desenhos são óptimos!

J.Espadaneira disse...

Talvez a planta invulgar se deva ao facto da igreja de S. Vicente ter sido erguida junto à cerca velha, por cima de uma pequena capela com o mesmo nome que aí existia, a qual por sua vez tinha sido erguida por cima da casa onde viveu o referido santo.Assim devem ter sido muitos os constrangimentos na construção!

Unknown disse...

Está tão bom!