Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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sexta-feira, 26 de junho de 2020

O Verão do nosso desconfinamento


Sentei-me a desenhar no jardim da Torre de Belém uma ou outra pessoa que ali estavam, mas num desenho de pesquisa de linha, descomprometido, à espera que alguma inspiração. 
Sentaram-se então muito perto de mim este pai e este filho comendo gelado numa pausa do seu passeio em bicicleta. E a bicicleta ali ficou, numa pose perfeita, a pedir-me que a desenhasse, com a cadeirinha para o filho atrás. 
Comoveu-me muito vê-los, pai e filho, pelo pai ser muito carinhoso e pela relação natural entre eles de grande intimidade. O pai tinha um ar muito sério mas todos os seus gestos eram de grande ternura.
Valeu-me sentir-me à vontade para os desenhar, mesmo estando tão perto. Quando estamos a desenhar com respeito as pessoas sentem, e mesmo não sendo algo comum, aceitam bem.
Tenho saído pouco, e este momento tocou-me.

4 comentários:

Pedro disse...

Bonita página!

DiasVanda disse...

Ternurentos, o desenho e o texto :-)

L.Frasco disse...

Belo desenho. Tão leve. Tanto a ver com o momento desenhado.

Lurdes Boavida disse...

O desenho capta mesmo essa intimidade entre pai e filho.Bonito.