Sempre gostei de desenhar locais invulgares, por vezes invulgarmente difíceis ou até mesmo o oposto, mas sempre lugares que por alguma razão me captam o olhar naquele momento em que imagino o que vejo enquadrado na folha do meu caderno.
Lisboa está repleta de azinhagas, traseiras de ruas e prédios que parecem invisíveis à maioria dos olhares. Na minha saga pelas azinhagas da zona oriental de Lisboa encontrei mais esta que até pelo nome merece o desenho. O recanto acontece já no fim quase a entrar na Rua da Quinta do Ourives.
O local não é de um valor histórico, arquitectónico e patrimonial de referência, mas daqui a 20 anos provavelmente nada disto existirá e tudo isto que é a memória daquilo que foi uma Lisboa rural, pobre e estigmatizada que muito poucos conhecem, deixará de existir por completo. Nalguns casos ainda bem, noutros lamento a perda dessa memória para futuras gerações entorpecidas e mesmo a perda da função de certas zonas que apesar de estarem cada vez mais rodeadas pela malha urbana poderiam ser revitalizadas de outra forma que não através de construção massiva e mais habitantes para esta cidade.
Menu superior
- Início
- Sobre os USkP
- Junta-te aos USkP
- Agenda dos Sketchers
- Iniciativas
- Sketchers no mundo
- Contactos
Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.
John Ruskin, intelectual inglês do século XIX
Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.
Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio
5 comentários:
Que texto e desenho fantásticos!
Muito bons o desenho e a reflexão!
Esses lugares de campo dentro da cidade são tão importantes. E os teus desenhos também.
Gosto muito
Adoro esta composição! Fica a memória no teu desenho, também assim se perpetuam.
Enviar um comentário