Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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quarta-feira, 17 de abril de 2019

Rescue!

Todos sabem o que é ter vontade de desenhar e não ter caderno. Ou ter papel e não ter caneta...Felizmente os cafés têm sempre aqueles guardanapos de papel vegetal minúsculos,  transparentes e fininhos, mas que afinal são mais resistentes do que parecem!
Foi num desses papelinhos que, com três ou quatro cotos de lápis de cera  que tinha perdidos na mochila, fiz há uns tempos uns desenhos  de uns velhotes alentejanos que bebiam o seu café matinal.
Paguei o meu café e atirei os guardanapos para a mochila, para não deixar lixo na mesa.
No outro dia encontrei-os, esquecidos, e apeteceu-me salvar  este senhor  sózinho e de olhar alheado. Deixá-lo amarrotado no fundo de uma mochila velha não me pareceu nada condigno.
Passei-o a ferro, colei-o na página de um caderno e enfeitei-o com um poema que adoro do Alexandre O`Neill.
 Espero que o velhote esteja bem!

5 comentários:

João Santos disse...

E assim se empresta uma excelente ilustração a um magnífico poema. Em boa hora guardaste o guardanapo e em boa hora o reencontraste ;)

Rosário disse...

Bem bonito!

Pedro disse...

Um grande desenho para um grande poeta.

Rodrigo Briote disse...

De tirar o boné

Ana disse...

Até em papel fininho o teu desenho fica lindo.