Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Oh the streets of Rome



Um professor disse-me que havia duas cidades no mundo que um arquitecto tem de visitar na sua vida: Nova Iorque e Roma. Ainda não tinha visitado nenhuma delas quando me tornei arquitecto. Só quando já não era arquitecto é que tive a oportunidade de visitar ambas.



Tenho quase a certeza de que o que ele queria que vissemos - quando em Roma - era a adaptação da cidade a cada período da sua longa existencia. A sobreposição de ruas e praças, a oposição de espaço público e privado e de todas as áreas cinzentas entre um e outro, e o ajuste do desenho urbano espontâneo e planeado com a topografia desafiante. Tudo noções com que lidávamos e debatiamos constantemente ao estudar arquitectura.



Roma parece ser, se não o mais evidente, um exemplo proeminente destas noções postas em prática. A forma como a cidade se transforma e se renova e vive ao nível do seu património é impressionante. Não fosse pelos magotes de turistas, poder-se-ia observar e considerar como os habitantes de uma cidade vivem o quotidiano com o pano de fundo de tal história e memória. Mas, ainda assim, o quotidiano é o quotidiano, património ou não. Não é?

2 comentários:

Eduardo Salavisa disse...

Tens razão. Todas as cidades, com o seu quotidiano, são boas para desenhar. Mas há umas que são fundamentais.

Pedro Loureiro disse...

Esta é mesmo :D