Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Amarante - Desenhar à Descoberta do Património

Integrado na Bienal Internacional de Ilustração Solidária da AJUDARIS, no dia 9 tive o privilégio de orientar o workshop de urban sketching. Quando a presidente da associação, a Rosa  me convidou, confesso que fiquei surpreso e com receio, sobretudo porque já conhecia o cartaz de ilustradores vindos de todo o mundo. Cada um melhor que o outro. Mas a causa não deu tempo para medos, sobretudo, quando se tem o total apoio de um dos grupos mais dinâmicos do país - o POSK. 

Cheguei na 6ª feira ao final do dia, mas deu para perceber logo o ambiente fantástico que se estava a viver. À noite, o refeitório dos Paços do Concelho parecia a Torre de Babel: Argentina, Espanha, Alemanha, Itália, Portugal...entre outras nacionalidades. Mas a língua oficial foi o desenho, a forma de comunicação mais universal e democrática.
Estava ali grande parte dos ilustradores finalistas, que durante uma semana orientaram um conjunto de workshops direcionado a crianças e adultos. Todos trabalharam em regime de voluntariado.

o 1º desenho em Amarante - antigo claustro - actual Museu Souza-Cardoso



O workshop de desenho, aconteceu no sábado, com um grupo fantástico, a maioria amigos, mas felizmente com alguns estreantes. Para além de falar um pouco do meu percurso enquanto "desenhador vadio", lancei quatro exercícios, quatro formas distintas de abordar o desenho de património material e imaterial. Os resultados foram surpreendentes. Agradáveis surpresas. Grande parte dos desenhos foram doados à AJUDARIS para que possam leiloar e apoiar a causa. A todos os participantes, o meu muito obrigado.

Este foi o desenho que fiz na esplanada, na Praça da República, enquanto esperava os participantes.

 

Destaco ainda mais pontos altos do dia: 1º, graças a este workshop, arrancará em breve o grupo informal de urban sketchers de Amarante;  2º, a jovem ilustradora vencedora da Bienal foi a portuguesa EVA Evita, que também é urban sketcher e foi fundadora dos urban sketchers norte com o Tiago Cruz.

Não vos canso mais, fica aqui a habitual foto do dia, e alguns desenhos.
Brevemente partilho os restantes desenhos.


Fotografia do grupo da manhã. 


Ao final do dia, consegui fazer estes 3 desenhos para doar








A Diaba de Amarante aos olhos do Tomás. Desenho de um a peça de escultura do Museu. O desenho foi oferecido pelo Tomás, aos meninos da AJUDARIS, que em breve terão um novo espaço no Porto.




Uma coisa é certa, foi um dia, onde nada ensinei e tudo aprendi, sobretudo a dimensão solidária dos urban sketchers. Obrigado a todos

5 comentários:

abnose disse...

Mais um dia para o meu álbum de boas recordações. Obrigado pelos momentos maravilhosos que nos proporcionaste.

Quanto aos desenhos, sempre bons, mas desta vez foste suplantado a léguas; a Diaba de Amarante do Tomás ofusca tudo o resto. Fabulosa!

Bruno Vieira disse...

Deve ter sido uma excelente experiência, gostei da reportagem gráfica e das fotos :)

Alexandra Baptista disse...

Eu também gostei, muito.

USkP Convidado disse...

Deve ter sido uma experiência ótima. E os desenhos para doar estão fantásticos!

André Duarte Baptista disse...

Muito obrigado pelas vossas palavras