Estava um Sol tórrido e as sombras estavam quase todas ocupadas. A Zeta estava à porta, já em velocidade cruzeiro a desenhar. Lá ao fundo, dois sketchers da ilha Terceira. A Fernanda a receber as pessoas, o Filipe Almeida já a fazer o desenho #40 mil e o António Procópio à procura do seu spot. "Já tinha saudades disto", pensei...
Sentei-me à sombra, desenhei a ponte e depois fui ter com o Eng. Pedro Abegão e o Sr. Júlio Vaz.
- Posso desenhar-vos?
- Sim, claro!
Naquele bocadinho fiquei a saber a história da Ponte e pequenas curiosidades como o diário que um engenheiro americano fez em 1966 enquanto cá esteve a trabalhar na obra. Não há como incluir as pessoas e as histórias delas nos desenhos!
Da parte da tarde fomos para a margem Sul. O barulho dos carros a passarem no tabuleiro da ponte é inacreditável. O dos comboios é ainda mais!
Perguntei ao Eng. Costa Nunes como é trabalhar na Ponte. Disse-me que gosta muito e que o próximo ano será mesmo entusiasmante, pois vai acompanhar a obra do futuro Museu da Ponte 25 de Abril, a nascer na margem Norte com direito a elevador em vidro que nos levará até uma plataforma por baixo da ponte que servirá de miradouro sobre Lisboa. Grande cidade a nossa!
Mais dois desenhos deste encontro aqui.


13 comentários:
Grandes desenhos!
Gosto muito da representação, ficaram ótimos!
Os desenhos e o layout, tudo "spot on"!
Fica-se de boca aberta...
Um verdadeiro diário!
Os desenhos estão fantásticos! Adoro cada um deles! Também concordo que é importante incluir nos desenhos as pessoas e as suas histórias. Não fazia ideia do futuro museu sobre a ponte! Obrigada Mário por estas partilhas!
Admiro bastante a tua multiplicidade de registos no mesmo folio. É algo que não consigo. O teu bom sentido de composição, gera a harmonia pela tensão visual dos elementos.
- Marco -
Essas tuas pessoas que pairam nas tuas páginas são únicas! Pelo traço tão simples e simultaneamente tão forte, dão enorme expressividade aos teus desenhos. Adoro!
Grande encontro e grandes desenhos.
Gosto muito da primeira sensação que o desenho me transmitiu de que a ponte parece flutuar acima das águas. Entre o céu e a terra. Sem partida nem chegada.
Tiveste um dia em grande
Fui espreitar o teu blog e o segundo desenho ainda está mais fantástico que estes dois (que estão o máximo, claro!)
Paula Cabral
O que mais gosto acima de tudo é mesmo o descontracção das composições e uso muito pontual de cor, algo que me custa porque se eu desenho numa folha boa para aguarela, fico numa luta constante para pintar o máximo que puder... Não consigo dar apenas um splash de cor e dar como terminado. É uma questão mental e olhar para estas composições faz-me acreditar que tal é possível ;)
A primeira vez que nos encontrámos vi-te desenhar a praça do Areeiro num caderno minúsculo. Desde então acompanho as tua viagens gráficas que são para mim uma inspiração. Os cadernos vão mudando de formato e o desenho evoluí maravilhosamente. Mas acima de tudo admiro a forma simples e descontraída como abordas a composição no papel. Abraço
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