Ontem cheguei mais cedo ao Marquês de Pombal para desenhar antes da sessão do Alfabeto.
Perguntava-me o Luís Frasco por mail: a escolha do local é uma antecipação da festa? Sorri antes de lhe responder e acabei por enviar apenas um smile! :) Desenhámos com sanguínea, foi um facto...
O frio foi-se instalando, mas todos resistiram firmes e os resultados foram excelentes!
A sessão de ontem rendeu imenso e parecia que o tempo passava devagar. Deu tempo para tudo: desenhar e conversar!
Percebemos ainda que há por aí muitos lápis de sanguínea a serem vendidos como verdadeiros, mas na verdade de real só têm a cor. A verdadeira sanguínea tem um "toque" parecido ao giz. É quebradiça ao afiar. Permite fazer uma linha muito dinâmica e fazer a mancha do claro-escuro com muita facilidade. Conhece-se desde o Paleolítico, mas foram os artistas do Renascimento que a tornaram célebre. Ainda hoje é um material utilizado e os alunos de Artes do secundário têm de a dominar, pois pode sair no exame nacional de Desenho A.
Como estava de bicicleta, cheguei a casa já às 22h30, mas com a sensação de que vale mesmo a pena percorrer as letras do Alfabeto a desenhar Lisboa!
4 comentários:
Essa questão da sanguínea...sim (hematite e caulino), é como se desenhássemos com barro cru... até se pode usar o pincel com água. As mais diversas marcas vendem uma sanguínea (oil based) que difere na textura, expressão, toque e a escrita.
É interessante a relação do desenho com o vazio.
Hmm pois acho que a sanguínea que tenho deve ser das falsas... obrigada pelas indicações... ficam realmente muito bonitos!
...finalmente sei o que é sanguînia no desenho...
Que bonitos!
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