Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Tricky o traiçoeiro


(O título não é meu, mas vem daqui:
http://observador.pt/2016/03/16/tricky-o-traicoeiro/)

Em meados de Março, o músico trip-hop britânico Tricky deu um concerto na Aula Magna, em Lisboa. Não conhecia muito bem a sua música, mas para os fãs na minha companhia, o concerto foi uma desilusão. Apesar do seu álbum estar carregado de colaborações com outros artistas, o seu palco, infelizmente, não o estava. Ao invés, as suas vozes faziam-se ouvir através da magia da electrónica. Três homens ocupavam o palco atravancado. As luzes foram desenhadas para ofuscar o espectador. O fumo escondeu as poucas vistas que se tinham. E se apesar disto se conseguisse ver o próprio Tricky no palco, havia a forte possibilidade de ele estar de costas - lembrou-me uma cena do filme The Doors, de Oliver Stone, em que o Jim Morrison se esforça para se virar para a plateia. Não nos sentimos muito bem-vindos ali. Provavelmente era uma festa privada, para a qual, por engano, foram vendidos bilhetes.

8 comentários:

Teresa Ruivo disse...

Ainda bem que foste ver o Tricky Pedro! Levaste uma seca mas nós agradecemos:)

Marcelo de Deus disse...

tb já apanhei uma desilusão com esse senhor...
de qualquer forma, ganhamos sempre experiência
e bons desenhos

hfm disse...

Gosto da fina ironia da história e muito do desenho.

Suzana disse...

Olha vale sempre pelo desenho, pior era estar tão escuro e não conseguires desenhar!

ana magalhães disse...

Que pena! Gosto muito da sua voz, mas nunca o fui ver ao vivo. Para compensar a desilusão do concerto os desenhos ficaram muito bonitos.

USkP Convidado disse...

Concordo em absoluto com a Helena!
Celeste Vaz Ferreira

Pedro Loureiro disse...

Obrigado a todos!

Suzana: na realidade estava. O desenho foi quase todo feito antes do concerto começar. A cor veio depois, de memória.

cláudia mestre disse...

O desenho está fantástico! Se o visse sem o texto pensaria que o concerto também o teria sido. Nunca me "atrevi" a desenhar um concerto...