É um dos raros jardins que conheço, que conseguiu conservar os pormenores que faziam o jardim público oitocentista. Mantém o coreto, os bancos de madeira, os lagos com patos, os orgulhosos pavões e até o quiosque dos amendoins. Tudo isto abraçado pelo paço das damas, quinhentista, que dá ainda o mote à falsa ruína romântica que lhe fica ao lado, e ainda a muralha da cidade-património mundial, que resulta de uma intrigante sobreposição de varias épocas e várias necessidades defensivas. Mas o que mais apetece, perante este postal já suficientemente ilustrado, é preguiçar num banco e nem pensar mais. E eis que, quando saco do estojo o lápis, e ensaio a primeira aguarela cor-de-macadame, desata a chover...
Sem comentários:
Enviar um comentário