Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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sexta-feira, 18 de março de 2016

Casas abandonadas, aguarelas e papeis...

Ontem a caminho de casa passei por estas casas abandonadas à beira de uma estrada. Mesmo reconhecendo não ser um conjunto de um interesse por aí além, parei e lá fiz o gosto ao dedo.
A cor foi dada com a minha caixa de aguarelas mais velhinha e pequena da série Artists da Windor & Newton. Feitas as contas tem cerca de 20 anos e não, ainda não a consegui gastar. Por várias razões, mas sobretudo porque fui comprando outras. De qualquer forma ainda consigo umas belas misturas de cores e as aguarelas são de um pigmento fino e soberbamente transparente.
O papel é que ando numa fase de insatisfação... Ou é muito fino, ou é muito áspero, ou tem poucas folhas, ou não gosto do formato... Este desenho foi feito num bloco Derwent A5 165g que tem a particularidade de ser muito áspero e absorver a água a uma velocidade absurda. O moleskine que também trago sempre tem um papel excelente, mas o formato pouco convencional deixa-me a pensar muitas vezes antes de o usar...
Lá em casa tenho outros (daqui a pouco abro uma papelaria) e sem dúvida que o melhor é o Arches acetinado 100% algodão de 300g... mas cada vez que faço um risco sinto uma dor na carteira...
Aceito sugestões :)


6 comentários:

Teresa Ruivo disse...

É mesmo isso!Todos os cadernos têm um "senão"... Já desisti de encontrar o caderno ideal :)

Pedro Alves disse...

Isso agora, é um testamento, eh eh... Eu há uns 15 anos atrás só usava folhas soltas porque os desenhos iam para o scanner para por em paineis de apresentação; depois passei para os cadernos de argolas porque era mais fácil segurar e podia arrancar sempre que quisesse dar ou vender; há um ano mudei para o tipico diário grafico formato livro para melhor arquivar e porque é mais valioso (para mim claro). Experimentei centenas de cadernos e a minha preferência recai no Watercolour Pad da Moleskine e num que uso agora, o Black Journal da Derwent que é simplesmente fantástico, mesmo! Vou usar esse por algum tempo. Arches é o melhor papel mas só uso para trabalhos profissionais, porque para rabiscos, a carteira sofre como disseste ;)

José Barreiros disse...

Bom desenho. E apesar do Arches e folhas soltas, o diário grafico ainda é o melhor e mais fiél companheiro. O melhor é andar com três cadernos. Assim saco o melhor para o momento.

Maria Celeste disse...

...o que se aprende...
...a sugestão do simultâneo de diferentes cadernos parece interessante...

Pedro Alves disse...

Sim, acho que para alem do diário gráfico onde normalmente caprichamos mais um pouco, temos de ter sempre aquele caderno mais barato para rabiscar nas reuniões, tirar apontamentos e fazer desenhos rápidos só porque sim... ;) Eu uso o Canson Art Book One para esse fim.

USkP Convidado disse...

Antes também usava dois cadernos, um para os rabiscos e outro para os desenhos mais aprimorados, mas cheguei à conclusão que um diário gráfico com páginas repletas de testes e rabiscos fica muito mais rico e interessante. Para as reuniões uso o tradicional Moleskin onde geralmente escrevo mais o que desenho até.
Para desenhar uso desde sempre o Moleskin de aguarela e talvez seja o caderno ao qual sou mais fiel, mas fiquei curioso com o Black Jounal da Derwent. Já tive para o comprar, mas agora acho que vou comprar mesmo para experimentar.