Lisboa Oriental

No fim de semana voltei à zona da Lisboa Oriental para mais uns desenhos. Queria voltar à Vila Dias porque o que fiz no encontro não me chegou, mas desta vez decidi entrar pelo lado oposto. Para chegar à Vila Dias pelas "traseiras" é preciso descer uma escadaria que vence o desnível do monte que a ladeia, no entanto a vista do cimo das escadas cativou-me tanto que nem as desci.

Já no encontro tinha achado muito interessante o contraste da vila com os edifícios maiores que a rodeiam e dessa vista isso era também notório.

Tinha estacionado o carro junto ao enorme morro que fazia a separação para a linha do comboio que atravessa a zona, do cimo do qual se conseguem ver os silos que ficavam mesmo em frente ao local onde frequentei a escola primária. Antes de voltar a entrar no carro achei por bem sentar-me em cima do muro e desenhar um pouco mais de telhados.

Para terminar dirigi-me para perto que já tinha visto junto a Marvila mas que não tinha ainda desenhado. Passado pouco tempo de ter iniciado os traços já tinha junto a mim 2 pequenas raparigas muito curiosas com o desenho que estava a fazer. Ficaram por ali a conversar comigo e acabei por perguntar-lhes se sabiam o que era aquela torre.
Disseram-me que pertencia à fábrica de sabão. Fui investigar na net e percebi que efectivamente em 1919 foi ali instalada a Sociedade Nacional de Sabões, que fabricou sabões, detergentes, pastas de dentes e afins. Laborou até ao inicio dos anos 90 e parece que este mirante é a única estrutura que resta de todo o complexo.